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domingo, 17 de abril de 2016

O Positivismo e o trabalho



  O Positivismo, na época, não era só uma filosofia ou uma ciência nova, já que também se relacionava com a política e a realidade social. Assim, não visava entender a sociedade apenas na perspectiva e na imaginação, mas entender exatamente como era ela de fato.  Além disso, o Positivismo se constituía  como o amadurecimento do espírito humano, superadas as fases teológica e metafísica.
  Para o Positivismo Comteano, o trabalho é a única maneira de ganhar a vida e é uma característica ontológica, isto é, inerente à condição humana. Por isso a miséria operária, a confusão e as greves são anormalidades para o Positivismo, o qual surge numa tentativa de resposta a esses "conflitos e problemas".
  Por defender tanto o trabalho, como modo de adquirir a dignidade e a honra pessoais, bem como para se conquistar o progresso coletivo, Comte também defende que se tenha condições dignas para que se possa exercê-lo. São estas a educação e a saúde, que devem ser oferecidas pelo Estado. Daí a frase do ex-presidente Lula ter sido claramente positivista ao afirmar ter feito uma profunda "resolução social sem dar um único tiro, só dando o tratamento adequado ao andar de baixo".
  No entanto, não são considerados dignos os trabalhos ligados ao tráfico e à prostituição, por exemplo, pois vão de encontro à moral. Isso porque esta não visa a expansão de núcleos familiares e aquele lida com drogas, as quais tornam inábil o trabalho.
 
  Na minha opinião, deve-se destacar a busca pelo pragmatismo dessa filosofia na análise da sociedade, tal como citado acima, o que ainda não havia sido visado tão expressamente por outras teorias.


Nathalia Neves Escher - Direito Noturno



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