Augusto Comte, ao elaborar a filosofia positivista
juntamente a John Stuart Mill – inspirado por outros renomados pensadores como
Descartes e Bacon – torna-se não somente um de seus fundadores, mas também como
uma das principais expressões do movimento.
Influenciado pelo iluminismo e pela ascensão de uma
sociedade industrial, Comte defende o conhecimento científico como o único
realmente verídico, afastando o pensamento humano da teologia e metafisica.
O positivismo, em sua época de ascensão, infiltrou-se
principalmente em sociedades que ainda não possuíam uma forte ideologia filosófico,
o que ocorreu principalmente na América Latina e especificamente, o Brasil –
influência esta vista até hoje no lema positivista da bandeira brasileira “Ordem
e Progresso”.
No campo da educação, espaço claramente social, não é
surpresa que esta doutrina também ganhou força. Influenciou fortemente na implantação
de uma grade multidisciplinar, lutando contra a educação religiosa instaurada. Favorecendo
as ciências exatas – principalmente as que possuíam embasamento científico –, o
positivismo sustentou sua superioridade diante as ciências humanas, afastando o
direcionamento da educação brasileira de um ensino mais acadêmico.
As contribuições de Comte são inegáveis no âmbito
sociológico, ao defender a corrente positivista e o pensamento científico, onde
os desdobramentos desta sua filosofia são vistos até hoje. Contudo, também é
importante notar as consequências deste direcionamento na educação, que busca um
ensino totalmente científico e profissionalizante, resultando na desvalorização
das ciências humanas e, portanto, carecendo os alunos contemplados por tal
educação de uma formação mais crítica e humanística.
Bárbara Jácome Vila Real; 1º Ano do Direito (Matutino)
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