Exploração.
É a partir daí que se formam as relações sociais não só da contemporaneidade,
como de toda a história da humanidade. Patrício e plebeu, escravo e senhor de
terras, barão e servo: sempre houve oposição entre duas classes que, apesar de
diferentes denominações, seguiam uma mesma ideia – uma opressora e outra
oprimida, assim como apresentado por Engels e Marx em seu Manifesto do Partido
Comunista.
Saíram
de suas tocas com o espírito do capitalismo até cada fio de cabelo,
colonizadores selvagens, levando a “civilização” – na verdade, procurando
matéria-prima, e alguém para explorar e manter a relação de exploração –
mataram, escravizaram, impregnaram as novas colônias com a cultura do capital,
e acabaram com o modo de vida coletivo, com o sentimentalismo, com o “selvagem”
que se fez perceber mais humano que eles próprios.
Navios
negreiros não cruzam mais o oceano, mas o trabalho, o dinheiro e o materialismo
continuam escravizando, numa realidade muito mais perturbadora. A mente humana
foi de certo modo tão condicionada que acreditamos viver numa liberdade plena –
realmente há uma liberdade: se pode fazer uma escolha entre comer em uma ou
outra grande rede de fast-food, ou entre vestir essa ou aquela marca de roupa.
Não há uma real liberdade intelectual, se pensa o que os grandes empresários do
capitalismo querem que pensemos. Como escapar das correntes do capital?
O
problema é que o bem-estar e a posse de bens materiais só existem a custo de
muita miséria. Uma criança na China pode estar trabalhando de maneira análoga a
de escravos, produzindo dezenas de sapatos por dia, em condições terríveis,
para que um grande empresário fique cada vez mais rico e para que nós compremos
um calçado por um preço relativamente barato, afinal, sai muito mais caro para
os trabalhadores-escravos.
A
mais-valia, a parte que o trabalhador produz que não lhe é destinada,
simplesmente passa despercebida. Nossas mentes já foram condicionadas até tal
ponto em que acreditamos na justiça do capitalismo, acreditamos que recebemos
aquilo que merecemos e ignoramos a miséria, a desigualdade, fechamos as portas
para outro ser humano que passa fome na rua. Marx e Engels propuseram uma
solução a esses problemas: o Comunismo. Acontece que algumas experiências
baseadas no comunismo já se provaram ineficazes, talvez seja impossível
realiza-lo em sua forma mais pura. Porque só é possível conhecer um homem
quando lhe dão Poder. Como escapar desse padrão? A história mostrará. O capitalismo
já teve seu auge, e como tudo, deverá ter seu declínio.
Alexandre Bastos
1º ano Direito - Diurno
Introdução à Sociologia - Aula 8
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