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domingo, 19 de julho de 2015

Um Olhar para Dentro da Grande Máquina

A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de classes, sentença presente nas primeiras páginas de O Manifesto Comunista, escrito por Marx e Engels, que pode ser evidenciada quando olhamos para a relação Homem Livre e Escravo, Patrício e Plebeu, Barão e Servo etc. Antigamente, havia uma completa divisão da sociedade em classes. Hoje, após as revoluções burguesas, essa luta se resume basicamente à luta entre duas delas: proletariado e burguesia. O que aprofundou ainda mais a luta de classes.

A burguesia desempenhou um papel importantíssimo na história humana, um papel eminentemente revolucionário, responsável por libertar o potencial da atividade humana dos entraves do feudalismo e liderar a criação de maravilhas maiores que as pirâmides do Egito, os aquedutos romanos, as catedrais góticas. Levou a civilização à todas as partes do globo sob a bandeira do progresso, mesmo que obrigando à força a criação de um mundo à sua imagem e semelhança. Entretanto, hoje os mecanismos utilizados pela classe burguesa na destruição do feudalismo voltam-se contra ela mesma. Mais ainda, ela deu vida àqueles que utilizarão esses mecanismos para destruí-la, os proletários.

O proletariado é constrangido diariamente a vender-se como mercadoria. Com a divisão do trabalho e o constante emprego de máquinas, o operário tornou-se apenas um apêndice na lógica produtiva. Antes, o operário era possuidor do seu produto laboral. Porém, não conseguiu resistir à concorrência com a grande indústria, e se viu forçado a vender sua força de trabalho para sobreviver. A pouca relevância da habilidade do trabalhador na produção e a grande oferta de mão de obra em virtude da destruição da concorrência, a criação de um exército de reserva, diminui cada vez mais o salário dos proletários, que são amontoados nas fábricas como soldados da indústria, explorados com a necessidade capitalista crescente de aumentar a produção, através da mais-valia e outros fatores.


Nessa luta, algumas vezes os proletários conquistam alguns direitos, mas provisoriamente. O verdadeiro fruto dessa luta reside na união cada vez mais abrangente dessa classe. Segundo Marx, a vitória definitiva por parte dos trabalhadores é inevitável e se dá através de uma inversão nas ordens de poder, na derrubada de toda ordem social existente, por meio de uma revolução do proletariado. Interessante notar que a obra permanece muito atual apesar de ter sido escrita no século XIX. As condições nela destacadas, que são favoráveis à revolução, são ainda mais marcantes com as tecnologias que se tem hoje. Quando o mundo testemunhará essa revolução? A obra termina com um chamado: Proletários de todos os países, uni-vos!

Lucas Camilo Lelis
1º ano - Direito Diurno
Introdução à Sociologia - Aula 8

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