Karl Marx (1818/1883),
famoso filósofo alemão do século XIX, tem como uma de suas
principais obras “O Manifesto Comunista”, que foi publicada no ano de 1848. O livro tem a coautoria de Friedrich Engels, outro importante pensador alemão, que, junto
a Karl, foi responsável por fundar o socialismo científico, também
conhecido como marxismo. A obra em questão trata de uma análise minuciosa do
capitalismo e, devido a isso, começa apontando um breve histórico da luta de
classe.
Segundo
as palavras de Marx, o embate entre as classes, sempre esteve presente na
sociedade e é categórico ao afirmar que tal luta sempre acabou com a “transformação revolucionária ou com a ruína
das classes em disputa”, pois o opressor e o oprimido estiveram, durante a
história, em posições bem distintas. Diante disso, o autor alega que a
sociedade capitalista, surgida a partir do fim do sistema feudal, não colocou
fim as diferenças existentes. Ela apenas criou novas classes, novos meios de
opressão e, consequentemente, uma nova maneira de se lutar.
No contexto da superação do modo de produção feudal, surgiu
a manufatura como forma de aumentar a produção e, posteriormente, a indústria
com o advento da Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra durante a segunda
metade do século XVIII. Contudo tal processo, desde o princípio, visa
empreender a atividade humana a fim da obtenção de lucros. O conceito de “mais-valia”,
desenvolvido por Marx, deriva da exploração da classe operária feita pelos
detentores dos meios de produção. A “mais-valia” é uma expressão que significa à diferença entre o valor final da
mercadoria produzida e a soma do valor dos meios de produção e
do valor do trabalho, o lucro decorrente dessa exploração, segundo o
autor, continua a crescer e as necessidades da classe operária não são
resolvidas na mesma proporção.
Porém Marx conclui que a burguesia foi responsável
por criar seu próprio inimigo. Ao subjugar a classe dominada a extremos como o
aumento do jornada de trabalho, do uso de maquinarias, da divisão de trabalho e com a redução do salário, o proletariado será o próprio responsável a lutar por
condições mais justas e dignas de trabalho. Segundo as próprias palavras do
autor “(...) com o desenvolvimento da indústria, o proletariado não só aumenta
em número, como torna-se concentrado em massas maiores; sua força cresce e ele
sente mais essa força”. Assim Marx aponta para a importância de que os operários se
organizem em grupos que representem seus interesses em detrimento da classe
dominante.
Matheus Vital Freire dos Santos - 1º ano - Direito Noturno
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