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domingo, 26 de abril de 2015

O Empirismo nas sociedades indígenas

A sociedade atual conta com os grandes avanços da medicina para o tratamento e a cura das mais diversas doenças, de modo que à ciência pouco falta descobrir sobre o corpo humano e o que pode afetá-lo. A evolução tecnológica é grande aliada da medicina nesse aspecto, uma vez que esta possui grande dependência daquela numa série de procedimentos importantes.
Apesar disso, sabemos que há séculos atrás, no Brasil, antes da colonização, os indígenas possuíam grandes conhecimentos a respeito da saúde humana, utilizando apenas da sua vasta experiência e produtos fornecidos pela natureza.

Francis Bacon foi um importante filósofo inglês defensor do Empirismo. Este método aponta que o saber é limitado às experiências e o aprendizado é fruto de testes de tentativa e erro. Bacon acreditava que ícones da ciência ou verdades alcançadas exclusivamente a partir da razão eram ineficazes na construção do conhecimento. A partir disso, podemos associar os ideais baconianos com a sociedade brasileira anterior à chegada europeia.

As tribos indígenas do Brasil muitas vezes associavam seus males (no clima, na saúde, na caça ou na agricultura) a divindades, buscando respostas num plano superior, nos deuses e seus respectivos desejos. Faziam oferendas e rituais para agradar as entidades e acreditavam que desta forma poderiam obter sucesso em seus objetivos. Além disso, os nativos tinham uma imensa sabedoria da Medicina Natural, tanto que esses ensinamentos são valorizados e respeitados até a contemporaneidade. Os índios adquiriam todo o seu aprendizado a partir de gerações passadas e também por suas próprias experiências. Suas tentativas tiveram, de fato, êxitos e fracassos, contudo, esse método possibilitou que aquelas sociedades perdurassem por muitos anos vivendo na simplicidade de suas próprias teses.

Concluímos, então,  que o Empirismo defendido por Bacon é uma maneira brilhante de aprendizagem. Ele não é imune de falhas, mas é construído a partir de cada indivíduo e suas vivências, transformando seu conhecimento em algo que pode ser comprovado, compartilhado e levado através de várias gerações que poderão testá-lo novamente em diversas circunstâncias.

Gabriela Melo Araújo
 1º Ano - Direito Noturno

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