Francis Bacon ao escrever
sua obra “Novum Organum” construía ali uma nova linhagem à respeito da ciência
moderna e sua tão procurada busca pela eficiência. O método baconiano é pautado
na experiência como fonte do conhecimento capaz de operacionalizar a vida
humana e, assim, ser concreto e não superficial de acordo apenas com a
observação dos fatos.
Diante disso, o inglês
critica as filosofias escolásticas e atenua na ineficiência do pensamento
aristotélico ao defender que o conhecimento não atinge a natureza em toda sua
plenitude apenas baseado no pensamento silogístico. Ademais, em sua obra,
relata que o conhecimento humano é interferido por falsas visões do mundo o que
ele chama de “ídolos”, estes são classificados em ídolos da tribo, da caverna,
do foro e do teatro. O primeiro remete-se pela própria mente humana, em
absorver e defender o que agrada e assim muitas vezes gera a generalização, o
segundo faz-se presente pela educação familiar e social que o homem está
inserido, o terceiro introduz-se graças à força da palavra que ganha o espírito
humano, já o último imigra no espírito humano em forma de doutrinas. São,
principalmente mediante a elas que Bacon indaga o seu método de distanciar, ao
máximo, os sentidos, as conveniências e os interesses do homem para edificar o
conhecimento factível.
O pensamento de Bacon
situado no século XVII está engajado na contemporaneidade apenas refletindo no
que o filósofo chamou de “ídolos da caverna”. A atualidade compõe-se,
paulatinamente, pela rede midiática que hora após hora estampa em celulares,
televisores, jornais, revistas e afins informações que cercam o homem. Porém,
como se pode obter a certeza desses conhecimentos, suas fontes e o conteúdo
sendo que esse sistema midiático sempre pertence a outrem que possui seus próprios
interesses e verdades? “Pois o homem se inclina a ter por verdade o que
prefere”. (Francis Bacon, “Novum Organum”).
Portanto, a importância da
reflexão para que se possa aspirar o conhecimento de forma vasta e segura é necessária, mediante a tantas possibilidades de ciências e verdades que se obtêm
na atualidade. Além disso, enfrentar barreiras como os dogmas, e preceitos pré estabelecidos que compõem de alguma forma a sociedade, é essencial para uma melhor visão de mundo e conhecimento segundo o método descrito.
Ana Caroline Gomes da Silva, 1º ano Direito noturno
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