Possivelmente o mais conhecido filósofo desde a Antiguidade, Aristóteles, e seu raciocínio silogístico foi criticado em Novum Organum, de Francis Bacon. A partir daí, já se pode notar a grandiosidade de sua obra, na qual Bacon analisa e examina o percurso da filosofia e o método da pesquisa até sua época.
Pode-se afirmar que a busca de uma pesquisa confiável é temática central da obra. Para alcançá-la, seria necessária a observação e experimentação pautada pelo raciocínio indutivo. Bacon entendia que a neutralidade absoluta era impossível, mas afirma que o cientista não deve se deixar levar por falsas percepções do mundo - os ídolos, os quais o autor divide em: ídolos da tribo, que vinculam-se às distorções provocadas pela mente humana; ídolos do foro, referentes ao indivíduo e a influencia de suas associações; ídolos do teatro, que são as representações teatralizadas e impregnadas de equívocos e superstições; e os ídolos da caverna, que vinculam-se às relações estabelecidas pelo homem com o mundo a sua volta.
Francis Bacon defendia um método de pesquisa voltada para a praticidade, sendo que os estudo não poderiam ter um fim em si mesmo - uma visão pragmática para a ciência. O filósofo critica, assim, a finalidade meramente teórica e pouco contemplativa da ciência, comparando os filósofos anteriores a ele com aranhas que tecem teias maravilhosas, mas com material extraído de si mesmos, permanecendo alheios a realidade.
Com a obra Novum Organum, Bacon revolucionou a ciência, a filosofia e influenciou até os estudos jurídicos, sendo o primeiro a formular o princípio da indução científica, a partir de que suas ideias permitiram, hoje, um método capaz de chegar mais perto da verdade e da busca pela razão a partir da observação e da experiência, fugindo do proposito tão somente teórico e pouco pragmático da filosofia anterior a ele.
Alexandre Bastos
1º ano -Direito Diurno
Aula 3
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