O filósofo quebra com a filosofia racionalista até então em prática. A razão deixa de ser suficiente, é necessário o uso da experiência para se chegar a ciência útil que pode ser aplicada na realidade do mundo. Para isto, ele lida com o empírico e confronta tudo aquilo que é fantasioso, como a astrologia, a magia e superstição.Em adição, o autor do "Novo Organum", formula uma crítica as constatações feitas somente pela razão, sem o domínio do real, daquilo que vivemos, defendendo ainda que a mente não pode guiar-se por si mesma, devendo ser regulamentada pela experiência.
Para Bacon os filósofos gregos são como nossos políticos atuais, falavam muito mas pouco colocavam em prática. As palavras destes não tinham a natureza transformadora necessária a classe emergente da época: a burguesia. Uma vez que esta demandava por uma ciência dominadora, que pudesse colocar a natureza a favor das necessidades humanas. Era necessária uma ciência transformadora, não contemplativa.
Assim como o burguesia, que, por possuir o saber, teve meios para dominar a natureza e tudo ao seu redor de acordo com seus interesses, atualmente países que possuem mais conhecimentos científicos nas diversas áreas, como da medicina, da engenharia, da educação, de armamentos bélicos, são também aqueles que possuem maior poder em âmbito mundial, fazendo com que seus interesses prevaleçam sobre os das outras nações. E ao mesmo tempo, constitui-se uma disputa entre os diversos países pelo domínio cada vez mais profundo das diversas ciências, instituindo-se assim, uma competição pelo poder. Verifica-se,pois, a atualidade da visão baconiana, onde o saber é sinônimo de poder.
Mariana M. Carneiro
1ºano direito-Noturno
Aula 3
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