Anti-aristotélico,
Francis Bacon criou um novo método científico baseado em induções graduais e
progressivas. Empirista, o filósofo buscou conceituar duas vias de investigação,
sendo a primeira a antecipação da mente – ineficaz para atingir o conhecimento –
enquanto a segunda refere-se à interpretação da natureza, limitada pelo alcance
das percepções trazidas pelos sentidos. O inglês condena a ciência que baseia
em descobertas anteriores e busca uma ciência investigativa, pragmática e
aplicável, sem teorias exaustivas e pouco conclusivas, tais como os “estéreis” silogismos
aristotélicos.
A
fim disso, Bacon disse ser impossível atingir o conhecimento se houvesse em nós
a influência dos ídolos. Estes conceituados como falsas percepções e divididos
em quatro: tribo, caverna, foro e teatro. Se os próprios sentidos não são sempre
confiáveis, deve-se entender como e quando se prevenir, usando a razão como
guia.
Posto
isso, percebe-se o avanço do fazer ciência nos vários âmbitos da sociedade, dentre
eles, a medicina. Então, como Bacon influenciou as novas descobertas
científicas? Ao citar o exemplo hodierno da inseminação artificial – técnica criada
para deposição mecânica do sêmen no útero da mulher - a criação pode ser
entendida pelo método baconiano, uma vez que John Hunter realizou
diversas experimentações e observações em busca de meios que se adequassem a sobrevivência
do líquido masculino e assim fez o uso de suas percepções, ao realizar testes
nunca antes tentados, já que se achava impossível gerar um feto sem o próprio ato
sexual. O querer “ir mais além” de Hunter é visto como essencial, pois
significou uma grande vitória sobre a natureza, além de beneficiar diversos
casais.
Contudo,
deve-se ressaltar alguns erros acometidos pelo o londrino, tais como a inutilidade
dada as teorias e a invalidação das descobertas anteriores como base para as
novas descobertas. Atualmente, sabe-se que a ciência é tal como é, muito em
virtude de estudos anteriores, sendo a linguagem matemática e teórica de grande
valia para entender o mundo no seu espaço-tempo. Assim, como nem tudo pode ser
comprovado empiricamente, desconsiderá-las empobreceria a evolução científica.
Por isso, o método concedido pelo o autor de "Novum Organum" seria criticado posteriormente e aperfeiçoado por outros filósofos como David Hume.Leonardo Borges Ferreira - 1ºano - direito noturno
Introdução a Sociologia - aula 3
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