De acordo com Francis Bacon, as antecipações são mais facilmente aceitas pelo senso comum visto que elas são baseadas em poucos eventos familiares, diferentemente das interpretações que são elaboradas através de muitos fatos, dispersos e distanciados. Portanto, para o senso comum uma interpretação racional soa como algo muito irreal.
Transpondo a teoria de Bacon para os dias atuais, fica fácil de entender por que a opinião predominante, no Brasil, sobre temas polêmicos muitas vezes não passa do senso comum. Como é o caso da redução da maioridade penal, por exemplo, em que mais de 90 por cento da população é a favor, mesmo com estudos mostrando que os jovens são responsáveis por apenas 0,9 % dos crimes no país além de outros motivos contra a redução. No entanto, o caminho do pensamento comum é menos elaborado, ou seja, ao invés de analisar todos os fatores, leva em conta apenas os fatos com maior destaque. Um exemplo, é a notoriedade que os casos de crimes violentos cometidos por menores ganham na mídia e são usados pelo senso comum como base para construção de um pensamento.
Não é apenas com a redução da maioridade penal em que esse método de pensamento comum é utilizado, mas também em vários outros tópicos como aborto, casamento gay e entre outros.
Luís André, 1º ano direito noturno
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