A contribuição de Francis Bacon para o mundo científico é inquestionável.
Conhecido como o fundador da ciência moderna, Bacon foi pioneiro no empirismo
inglês, âmbito que tem na experiência o caminho para se chegar ao conhecimento,
fato que coloca a ciência como representação do mundo.
Em sua principal obra, “Novum Organum”, o filósofo expõe a necessidade
que a ciência vigente em sua época tinha de passar por uma restauração, visto
que, segundo a crítica do autor à filosofia tradicional, o conhecimento não
deveria ser apenas um exercício da mente, pautada por deduções infundadas,
sendo ela ocupada pelos “usos do convívio cotidiano” e por “doutrinas
viciosas”. Tais distorções da mente levam o ser humano a um mundo de fantasia,
distante da sabedoria e da luz do conhecimento.
Através de aparelhos chamados de “ídolos”, Bacon retrata as falsas percepções
de mundo, destacando fatores arraigados na mente humana que não permitem o
pleno uso da razão e não deixa que a mente se guie por si própria, sendo necessário
a superação da idolatria para absorver o real conhecimento. A partir disso, é
possível estabelecer um paralelo com a teoria iluminista de Kant, a qual diz
que o iluminismo é a saída do homem do estado de menoridade, a qual traduz-se
como a incapacidade de se servir do entendimento sem a orientação de terceiros.
Portanto, conclui-se que o método apresentado por Bacon em sua obra é
condizente com a realidade atual, sendo a crítica exposta pelo filósofo totalmente
adequada à sociedade contemporânea. Além disso, vê-se a necessidade que a
ciência possui de estar em constate estado de inovação para que seu objetivo
seja alcançado.
Luís Felipe Oliveira Haddad
1º ano – Direito noturno
Introdução à sociologia, aula 3.
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