Bacon se consagrara um grande filósofo e pai do empirismo
moderno ao propor seu novo método, o indutivo, para se atingir o conhecimento.
Tal instrumento se servia, sobretudo, da experimentação da natureza para tentar
chegar a uma ideia que pudesse ser repetida.
Mesmo tendo antecipado o Discurso do Método, já fazia
críticas ao uso exclusivo do racionalismo proposto por Descartes, uma vez que
considerava os esforços da mente, pautados pela dialética, passíveis de erros. Isso
se deve ao fato da mente humana dispor do que ele chama de “ídolos”, isto é,
falsas percepções do mundo.
No campo das relações sociais, dois desses ídolos estão
constantemente presentes: os da caverna e os do foro (ou comércio).
Primeiramente, os ídolos da caverna se baseiam na questão da formação de cada
indivíduo, pois cada qual dota de pré-juízos dos quais, muitas vezes, não se
desfaz, mesmo com provas contrárias a eles. Já os ídolos do comércio, se dão devido
as divergentes formas de interpretação sobre informações vindas de contatos
pessoais.
Além disso, também critica a filosofia tradicional, tal como
René, afirmando que esta era meramente contemplativa e, não visando promover possíveis
benefícios aos homens.
Por fim, Francis Bacon compara um bom empírico a uma abelha,
já que ele aproveita o que a natureza e as experiências o oferecem, e por uma
arte própria racionaliza tais informações e as organiza de forma ascendente, visando
uma base confiável para o conhecimento adquirido.
Gabriel Gonçalves Zanetti - Direito Noturno
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