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segunda-feira, 20 de abril de 2015

A fé na razão

O pensador de Auguste Rodin parece materializar o pensamento cartesiano com o racionalismo coroando uma era de realizações científicas com a máxima de Renée Descartes: cogito, ergo sum.A razão é a chave do conhecimento e a forma de transformar a natureza, colocando o Homem no centro.
Descartes vê na matemática a ciência ideal para a formação de seu método, o qual representa o desenvolvimento lógico, distante das impressões que colhemos da realidade através dos sentidos. Pois, muitas vezes estabelecemos visões equivocadas resultantes dos sentidos, exemplo disso, é a hipótese geocêntrica, que estabelece a Terra como estacionária e centro do universo e os demais corpos celestes girando ao seu redor. Essa hipótese fundamenta-se em nossos sentidos, visto que eles nos dão a impressão de que a Terra não se movimenta. Porem, a hipótese heliocêntrica proposta por cientistas estabelece que a Terra se movimenta ao redor de seu eixo( rotação) e também ao redor do Sol (translação).
Assim, devemos abandonar preconceitos, a falsa segurança das opiniões mais duvidosas e as impressões do mundo sensível, pois chegar à verdade cientifica exige vencer as próprias convicções. Dessa forma, o instrumento utilizado, para alcançar a verdade, é a duvida a fim de eliminar o conhecimento inseguro. O filósofo demonstra o poder do pensamento ao afirmar que a vontade do mundo se sobrepõe às vontades individuais, nada está totalmente ao nosso controle, salvo o pensamento.
Para tanto, é necessária a consciência da existência, Descartes afirma que a única certeza que podemos ter e que essa ideia se origina de Deus, cuja existência é comprovada pela perfeição, pois se temos uma concepção de perfeição, a ideia de Deus é real, dessa forma, o individualismo impera.
A obra O Pensador de Rodin, portanto, ao retratar um homem sentado inerte em seus pensamentos, ilustra o pensamento e a razão como forma de comprovar a realidade, ao diferenciá-la, por exemplo, de um sonho. O método é o intelectualmente dedutível e não o dado pela intuição sensível ou afetiva.

Carolina Ishi
Direito Noturno


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