O pensador de Auguste Rodin parece materializar o
pensamento cartesiano com o racionalismo coroando uma era de realizações científicas
com a máxima de Renée Descartes: cogito,
ergo sum.A razão é a chave do conhecimento e a forma
de transformar a natureza, colocando o Homem no centro.
Descartes vê na matemática a ciência ideal para a
formação de seu método, o qual representa o desenvolvimento lógico, distante
das impressões que colhemos da realidade através dos sentidos. Pois, muitas
vezes estabelecemos visões equivocadas resultantes dos sentidos, exemplo disso,
é a hipótese geocêntrica, que estabelece a Terra como estacionária e centro do
universo e os demais corpos celestes girando ao seu redor. Essa hipótese
fundamenta-se em nossos sentidos, visto que eles nos dão a impressão de que a
Terra não se movimenta. Porem, a hipótese heliocêntrica proposta por cientistas
estabelece que a Terra se movimenta ao redor de seu eixo( rotação) e também ao
redor do Sol (translação).
Assim, devemos abandonar preconceitos, a falsa
segurança das opiniões mais duvidosas e as impressões do mundo sensível, pois
chegar à verdade cientifica exige vencer as próprias convicções. Dessa forma, o
instrumento utilizado, para alcançar a verdade, é a duvida a fim de eliminar o
conhecimento inseguro. O filósofo demonstra o poder do pensamento ao afirmar
que a vontade do mundo se sobrepõe às vontades individuais, nada está totalmente
ao nosso controle, salvo o pensamento.
Para tanto, é necessária a consciência da existência,
Descartes afirma que a única certeza que podemos ter e que essa ideia se origina
de Deus, cuja existência é comprovada pela perfeição, pois se temos uma
concepção de perfeição, a ideia de Deus é real, dessa forma, o individualismo
impera.
A obra O Pensador de Rodin, portanto, ao retratar um
homem sentado inerte em seus pensamentos, ilustra o pensamento e a razão como
forma de comprovar a realidade, ao diferenciá-la, por exemplo, de um sonho. O
método é o intelectualmente dedutível e não o dado pela intuição sensível ou
afetiva.
Carolina Ishi
Direito Noturno
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