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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Individualismo na sociedade contemporânea

Desde a abordagem de Durkheim o individualismo é estudado para a compreensão dos fenômenos da coletividade. A diferença entre Durkheim e Weber está na ordem de subordinação: enquanto para Durkheim o indíviduo está condicionado à sociedade, Weber considera que o ponto inicial para a análise da ação social é o indivíduo- não enxergado apenas como integrante de uma classe, mas com seus valores particulares que compõem sua personalidade como fatores determinantes para explicar a ação social.
 A sociedade contemporânea apresenta uma emergência do individualismo, travando uma polarização entre a pessoa singular e sua relação como componente de uma coletividade. Weber trata essencialmente do indivíduo como um agente compreensível que tem suas interferências sociais orientadas por interesses parciais e em busca de um fim determinado. Isso não significa que Weber não reconheça a existência de entidades coletivas ou da sociedade,ou mesmo do Estado: sua análise parte entretanto de uma compreensão do social a partir do individual.
Essa compreensão individualista encontra amparo nas relações da sociedade contemporânea. Cada vez mais as pessoas buscam sua satisfação pessoal, profissional, englobando no máximo as pessoas que fazem parte dos seus círculos mais íntimos de relacionamento como a família e os amigos como parte integrante desse interesse. As necessidades sociais coletivas perdem cada vez mais espaço no interesse dos indivíduos, que despendem cada vez menos esforço para atender à essas demandas- os indivíduos parecem ter dificuldades de se enxergar como parte integrante do coletivo.
O interessante é observar como a pluralidade de interesses individuais constituem um plano social complexo e de difícil contemplação quando se parte de perspectivas de políticas públicas que tentem atingir grandes grupos ou totalidades.

Gabriela Passos Ramos Alves   1º DD

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