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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A Compreensão e o papel do individuo para o Direito

Uma das  maiores criticas ao funcionalismo, ao positivismo e ao Materialismo Dialético é em relação a sua visão coletivista e da sociedade como um todo, ignorando a individualidade de cada um e as possibilidades que viriam desse fato, com Weber e a teoria que defende uma Sociologia pautada na compreensão dos indivíduos e das suas relações o foco passa a ser o individuo, mas isso não significa que a teoria Weberiana esteja livre de críticas e seja perfeita.
Weber defendia uma neutralidade do cientista na sua pesquisa e em suas constatações, o que parece muito utópico, porque por mais que ele tente ser imparcial haverá uma carga de conhecimento e e de influencia de determinada ideologia na conclusão de sua descoberta ou em seus escritos.
Estes dois pontos, a Individualidade e a Imparcialidade, fazem uma forte ponte entre Weber e o Direito, já que no tribunal há códigos, há opiniões coletivas e há influências externas, mas o que determina (ou deveria determinar) o que se passa é a imparcialidade do juiz ou do júri na sua decisão e a ação dos indivíduos e as consequências desta.
A ação do individuo deve ser objeto de estudo e de compreensão no Direito, assim como na teoria sociológica Weberiana, já que emoções, valores, ética, ambições e perfil psicológico variam de individuo para individuo e até de situação para situação, apesar do ''fato social'', a influencia do meio e a desigualdade proveniente da luta de classes, ''herança'' de outras escolas de pensamento, também estarem presentes. Ainda assim a maior importância deve ser dada ao individuo em relação ao que levou aquela determinada situação a ocorrer, e de nada adianta uma compreensão total do individuo se a sentença final não for imparcial, na medida do possível.
Na medida do possível, porque nenhum juri ou juiz fica inerte a situação e a comoção gerada por um processo de grande impacto como uma fraude milionária que prejudicou milhares ou um assassinato cruel, porém mesmo nesses casos uma vontade de ''justiça cega'' pode impedir a visão de uma defesa que faz sentido e poderia aliviar muito a pena.
O Compreensivismo Weberiano serve ao direito, porém a crença fica cada vez mais forte que o melhor caminho é uma mistura de vários pensamentos que levaria a uma melhor forma de se compreender, modificar e viver na sociedade.

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