És meu fiel amigo. O teu brilho
gera inveja, gera gozo, é dor.
Minha alma te caça, mágoa e puro ardor.
Aonde ires, é caminho para teu filho.
Em mim não dói, apertou o gatilho.
O sangue vaza: é teu tempo! Pudor
pulsa e esvai. Cobre, penso que és traidor,
dei-te o que pude e glória desvencilho.
Julguei-me rei, peão me lembrei, doo em vão.
Nada desfruto, é teu todo o luxo,
entrego a força, antes eu, um grão.
Cada segundo, novo meu repuxo,
teu capital maldito ergue a mão:
o qual tu matas, enche teu cartucho.
Marina Colafemea - 1° ano - Direito - Noturno
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