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segunda-feira, 2 de julho de 2018

Empatia, o sentimento dentro dos movimentos sociais.


Axel Honnerth discorre em sua obra sobre a luta pelo reconhecimento. Para ele, a luta só passa a ser assim chamada de social na medida em que as pessoas envolvidas se deixam generalizar para além das intenções de cada indivíduo. Sendo assim, podemos definir a Luta Social como um processo na quais experiências individuais de desrespeito é interpretado como desrespeito a um grupo inteiro. Esse desrespeito pode ser de diversos modos, desrespeito ao corpo, ao gênero, à condição social, à etnia, ao grupo religioso, enfim, geralmente, esse desrespeito tende a se direcionar aos grupos minoritários da sociedade em questão.
O autor explica que há três esferas de reconhecimento, sendo o primeiro deles a autoconfiança (amor), seguida pelo autorespeito (direito) e a última sendo a solidariedade. É possivel definir a solidariedade como o “momento” em que você encontra você mesma no outro, uma palavra que sintetiza isso talvez seja a empatia.
Tendo em vista essa definição de solidariedade, podemos dizer que esse sentimento e ação são fundamentais dentro dos movimentos sociais, enfatizo dentro eles, o Movimento Feminista e o Movimento LGBTQ+. Esses movimentos que começou a ter maior visibilidade na década de 1970, luta pelo direito a igualdade de gênero e emancipação feminina dentro da sociedade patriarcal na qual estão inseridas.
O movimento feminista tem três princípios: igualdade, empatia e respeito. Igualdade, pois, historicamente mulheres parte de grandes desvantagens sociais, política, econômica e de direitos quando comparada com o sexo masculino, que as submeteu a essa situação. Empatia e respeito porque dentro desse movimento há diversas correntes onde cada uma tem suas reivindicações e lutas específicas, cabendo às mulheres respeitar umas as outras dentro desse movimento.
            Para Honneth, é preciso que exista o sentimento de vexação para querer entrar na luta, partindo de algo individual e a partir do momento em que esse sentimento torna-se algo coletivo, essa luta passa a ser uma luta social. Então, essa vexação seria uma ponte do indivíduo para o coletivo.
Podemos concluir que ao passo que esses movimentos minoritários têm a consciência de seu reconhecimento, esses grupos vão se tornando mais fortes. Ao reconhecer-se como detentor de direitos faz-se com que eles exijam seus direitos e lute para que esses sejam expandidos, e no caso do movimento LGBTQ+, a luta é para que esses direitos sejam equiparados aos direitos dos heteroxessuais normativos.  


AKYSA SANTANA - NOTURNO - TURMA XXXV

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