Axel Honnerth discorre em sua
obra sobre a luta pelo reconhecimento. Para ele, a luta só passa a ser assim
chamada de social na medida em que as pessoas envolvidas se deixam generalizar
para além das intenções de cada indivíduo. Sendo assim, podemos definir a Luta
Social como um processo na quais experiências individuais de desrespeito é
interpretado como desrespeito a um grupo inteiro. Esse desrespeito pode ser de
diversos modos, desrespeito ao corpo, ao gênero, à condição social, à etnia, ao
grupo religioso, enfim, geralmente, esse desrespeito tende a se direcionar aos
grupos minoritários da sociedade em questão.
O autor explica que há três
esferas de reconhecimento, sendo o primeiro deles a autoconfiança (amor), seguida pelo autorespeito (direito) e a última sendo a solidariedade. É possivel definir a solidariedade como o “momento”
em que você encontra você mesma no outro, uma palavra que sintetiza isso talvez
seja a empatia.
Tendo em vista essa definição de
solidariedade, podemos dizer que esse sentimento e ação são fundamentais dentro
dos movimentos sociais, enfatizo dentro eles, o Movimento Feminista e o
Movimento LGBTQ+. Esses movimentos que começou a ter maior visibilidade na
década de 1970, luta pelo direito a igualdade de gênero e emancipação feminina
dentro da sociedade patriarcal na qual estão inseridas.
O movimento feminista tem três princípios:
igualdade, empatia e respeito. Igualdade, pois, historicamente
mulheres parte de grandes desvantagens sociais, política, econômica e de
direitos quando comparada com o sexo masculino, que as submeteu a essa
situação. Empatia e respeito porque dentro desse movimento há diversas
correntes onde cada uma tem suas reivindicações e lutas específicas, cabendo às
mulheres respeitar umas as outras dentro desse movimento.
Para Honneth, é preciso que exista o sentimento de
vexação para querer entrar na luta, partindo de algo individual e a partir do
momento em que esse sentimento torna-se algo coletivo, essa luta passa a ser
uma luta social. Então, essa vexação seria uma ponte do indivíduo para o
coletivo.
Podemos concluir que ao passo
que esses movimentos minoritários têm a consciência de seu reconhecimento,
esses grupos vão se tornando mais fortes. Ao reconhecer-se como detentor de
direitos faz-se com que eles exijam seus direitos e lute para que esses sejam
expandidos, e no caso do movimento LGBTQ+, a luta é para que esses direitos
sejam equiparados aos direitos dos heteroxessuais normativos.
AKYSA SANTANA - NOTURNO - TURMA XXXV
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