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terça-feira, 8 de abril de 2014

  Baseado na obra de Fritjof Capra, o filme “Ponto de mutação” aborda diferentes críticas a cerca das visões de Descartes (cartesiano), Bacon (empirista) ou até mesmo de Newton na física. Explora a máxima “saber é poder” de Francis Bacon, discutindo sobre a perversão da ciência, tendo como exemplo a invenção do avião e o suicídio de Santos Dumont. Na prática, aplica-se o “dominar  é poder”, fazendo com que o homem foque no controle da natureza, e não no conhecimento acerca dela.
  A mutação então mostra-se necessária para o entendimento da contemporaneidade, com o abandono deste modelo mecanicista de Descartes, que fraciona o conhecimento, podendo se criar conexões, como uma teia de informações, entendendo a situação como um todo. Também nega-se o modelo baconiano que define a dominação da natureza pelo homem, por ser detentor do conhecimento, e que instalou a ideia de que o planeta deve suprir as necessidades do homem de maneira ilimitada.
  A verdadeira reflexão sobre este filme se encontra na prepotência humana, na tentativa de controle total de tudo o que conhece, explorando irracionalmente recursos naturais (até o esgotamento, se for necessário) em prol da evolução humana e sustentação de seus luxos. O entendimento da natureza como um todo, se incluindo nela e abandonando a antiga forma de busca do conhecimento, pode ser o caminho mais fértil para a humanidade.

Bruno Henrique Marques
1o ano Direito Noturno

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