O filme “Ponto de Mutação” nos apresenta
um longo diálogo filosófico e sociológico entre três personagens que olham para
a vida de maneiras diferentes. É discutido um paradigma científico: o newtoniano-cartesiano,
que revolucionou a ciência no século XVII e se perpetuou na nossa sociedade.
Porém, a personagem cientista argumenta que essa forma de ver o mundo não se
encaixa mais no contexto atual. A partir de diversos assuntos, a reflexão busca
uma nova visão da vida, onde as coisas estão interligadas e tudo é visto como
um todo e não mais dividido em fragmentos. Assim surge um novo paradigma sobre
as relações humanas da atualidade: não dá mais para se ter uma interação com a
natureza cada vez mais individualista e fragmentada. Ao longo do filme são
mostrados implicações desse individualismo, como a destruição do meio ambiente,
exploração, consumismo, desigualdades e preconceitos. Em outras palavras, o
novo paradigma - a visão sistêmica - deve vencer o cartesianismo à medida que a
ciência ainda se mostra cheia de dúvidas.
Contudo, apesar da conclusão lapidada de
que a ciência newtoniana e o cartesianismo se tornaram obsoletos, é de se
considerar que os paradigmas científicos são de extrema importância em diversas
áreas, pois um sistema que se mantém por mais de meio milênio deixou grandes
conquistas para a humanidade.
Cínthia Baccarin 1º ano de Direito - noturno
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