A obra de Francis Bacon, “Novum Organum”, pode ser traduzida como “novo
instrumento”, ou seja, Bacon apresenta uma nova maneira de interpretar o mundo
científico e analisar as coisas. Segundo ele, os antigos muito falaram e nada
fizeram ou criaram para a condição humana, porém não é seu propósito colocar
“por terra” as filosofias já aceitas. Existe também uma crítica sobre a ciência
como mero exercício da mente. Sendo assim, é defendida a ideia pela busca da
exatidão das coisas através da experiência, pois a mente não deve seguir por si
mesma, a razão tem como guia apenas aquilo que é perceptível, o que é
fantasioso, e esse não é o caminho para se “conhecer a verdade de forma clara e
manifesta”.
Bacon apresenta dois métodos para a ideia já apresentada: a “Antecipação
da mente” e a “Interpretação da Natureza”. Ambos partem dos sentidos para
chegar a um valor geral, mas o primeiro consiste em explorar a filosofia e o
segundo em utilizar a ciência para enfrentar e interpretar a natureza a fundo.
O livro fala de ídolos (falsas percepções do mundo) que “bloqueiam o
intelecto humano” e dificultam o acesso a verdade. São quatro gêneros: “Ídolos
da tribo”, que advém da natureza humana e de distorções da mente; “Ídolos da
caverna”, que se vinculam às relações sociais; “Ídolos do forro”, que se referem
aos indivíduos e suas associações; e por fim, “Ídolos do teatro”, que advém da
filosofia (por parecerem ser de um mundo fictício e impregnado de superstições).
Segundo Bacon uma maneira adequada para afastar esses ídolos é a “formação de
noções e axiomas pela verdadeira indução”.
Cínthia Baccarin 1º ano de Direito - noturno
Nenhum comentário:
Postar um comentário