O filme “Ponto de mutação”,
baseado na obra de Fritjof Capra, aborda um diálogo entre três pessoas (um político,
um poeta e uma cientista) que embora tenham pensamentos e estilo de vida diferentes,
são abertas a novas ideias. O diálogo se inicia após a observação de um relógio
antigo presente em um castelo medieval.
A cientista ao dar sua opinião no
diálogo, critica a maneira cartesiana de como os políticos observam a natureza
em geral. Sonia, a cientista, acredita ser ultrapassada a ideia de mundo
proposta por Descartes, na qual analisando as partes é possível entender o todo.
Para ela, o mundo deve ser visto como um todo através das relações existentes
entre cada objeto que compõe a natureza. Com esse pensamento da para se pensar
em um mundo com crescimento sustentável e melhores condições para todos.
O político discute e aceita
algumas ideias propostas pela cientista, mas sua duvida é como passar e fazer
com que as pessoas, ou melhor, seus eleitores entendam essas ideias na política.
A cientista resolve essa duvida afirmando que devemos mudar nossa maneira de
ver o mundo.
O diálogo avança e nele são
questionadas as ideias de Francis Bacon de que o homem deve manipular e
explorar a natureza. A busca incessante por poder e ideologia nos diz que a ciência
não tem moral, e pelo poder tudo é valido.
Concluímos, portanto, que o filme
nos induz a uma percepção de mundo que precisa de mudanças. Para Capra, o autor
da obra, só passaremos do “ponto de mutação” se enxergarmos o presente em sua
totalidade e interdependência, tal qual o movimento da natureza.
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