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terça-feira, 8 de abril de 2014

Mude, não pare no ponto

O filme “Ponto de mutação”, baseado na obra de Fritjof Capra, aborda um diálogo entre três pessoas (um político, um poeta e uma cientista) que embora tenham pensamentos e estilo de vida diferentes, são abertas a novas ideias. O diálogo se inicia após a observação de um relógio antigo presente em um castelo medieval.

A cientista ao dar sua opinião no diálogo, critica a maneira cartesiana de como os políticos observam a natureza em geral. Sonia, a cientista, acredita ser ultrapassada a ideia de mundo proposta por Descartes, na qual analisando as partes é possível entender o todo. Para ela, o mundo deve ser visto como um todo através das relações existentes entre cada objeto que compõe a natureza. Com esse pensamento da para se pensar em um mundo com crescimento sustentável e melhores condições para todos.

O político discute e aceita algumas ideias propostas pela cientista, mas sua duvida é como passar e fazer com que as pessoas, ou melhor, seus eleitores entendam essas ideias na política. A cientista resolve essa duvida afirmando que devemos mudar nossa maneira de ver o mundo.

O diálogo avança e nele são questionadas as ideias de Francis Bacon de que o homem deve manipular e explorar a natureza. A busca incessante por poder e ideologia nos diz que a ciência não tem moral, e pelo poder tudo é valido.

Concluímos, portanto, que o filme nos induz a uma percepção de mundo que precisa de mudanças. Para Capra, o autor da obra, só passaremos do “ponto de mutação” se enxergarmos o presente em sua totalidade e interdependência, tal qual o movimento da natureza.


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