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terça-feira, 8 de abril de 2014

Mudança de óptica

Eis que o encontro de três pessoas: uma física, um político e um poeta resulta em um dinâmico e extenso diálogo que compõe o enredo do filme “Ponto de Mutação”. A dialética entre os personagens versa de forma geral sobre as relações mundanas entre os seres humanos e suas relações com a natureza e o meio, além de passar por diferentes áreas do conhecimento, desde Aristóteles ao método cartesiano e a filosofia de Francis Bacon.
                No entanto, o alicerce de todo o diálogo concentra-se na ideia de que passamos por uma crise de percepção e que, então, precisamos começar a mudar nossa maneira de ver o mundo para, só assim, cogitar a possibilidade de mudá-lo. Tal mudança exigiria um afastamento dos métodos mecanicistas propostos por Descartes, Bacon e Newton, pois precisamos perceber que os problemas globais estão todos conectados de alguma forma, logo, seria mais viável analisa-los como um conjunto de peças interligadas ao invés de analisar cada peça desmontada separadamente.
                Há também um choque de pensamentos entre os personagens, que fazem um panorama da sociedade atual sob ópticas distintas. Enquanto a física encara os avanços tecnológicos e os empreendimentos capitalistas como a parte negativa do mundo moderno, o político inverte a situação ressaltando de maneira otimista mudanças consideráveis tanto no comportamento humano como nas novas descobertas científicas e tecnológicas.
                Assim, empreende-se que a sociedade passa por constantes transformações e problemas globais, que tendem a permanecer estagnados se não houver uma mudança na maneira como cada um enxerga essa realidade. Portanto, é preciso transpassar essa “crise de percepção” de modo a aplicar novos pensamentos que, na prática, ajudem a sanar os infortúnios da sociedade Pós Moderna.

Luiza Fernandes Peracine - 1º ano Direito Noturno 

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