Fruto de seu momento histórico, Francis Bacon abraça o antropocentrismo ao discorrer sobre a necessidade da instrumentalização do conhecimento humano, sendo este o caminho para a emancipação da humanidade das intempéries da natureza. Com o emprego devido dos chamados “mecanismos” do conhecimento, análogos aos mecanismos utilizados pela engenharia na edificação de monumentos, a ciência se revolucionaria e o homem finalmente se encontraria na possibilidade de mudar sua condição, ao subjugar a natureza a seu bel-prazer.
Podendo ser classificado com um utilitarista, o autor via pouco ou nenhum uso no exercício da mente por si só, dado que tal prática não resultava em produção concreta de conhecimento científico. Nesta linha, critíca os filósofos gregos, considerando-os “estéreis”, graças à sua incapacidade de chegar em conhecimento concreto, ou seja, tendência à acatalepsia.
Nesta linha de raciocínio, é evidente a importância do autor em seu período histórico, em que a emergente classe burguesa se apropria da metodologia baconiana para o desenvolvimento da ciência que seria, posteriomente, utilizada em seu processo de industrialização. O uso de tais mecanismos, inevitávelmente, leva à Primeira Revolução Industrial, com a consolidação da nova epistemologia que permeia a sociedade até a atulidade.
Lucas Laprano – 1° ano Direito Noturno – Turma XXXI
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