Elaborado
com o intuito de se contrapor às interpretações materialistas do marxismo em
voga, Webber em seu livro propõe uma compreensão do capitalismo que parte, ao
invés do âmbito econômico (as relações sociais de produção, como fazia Marx),
do âmbito espiritual, cultural, característico de sua compreensão sociológica.
Daí porque a história do capitalismo é contada
a partir do desenvolvimento da ética protestante, mais especificamente da
doutrina calvinista, que sustenta como um de seus pilares a acumulação de
capital como um sinal de salvação.
Dito isto o
Protestantismo ascético é, para Weber, a efetiva revolução moderna, pois
modifica a consciência do individuo e posteriormente a consciência externa,
resultando na superação do dualismo religioso.
O protestantismo
não causa uma fuga do mundo, mas sim uma incorporação do mundo espiritual ao
mundo terreno, fazendo com que seus adeptos queiram a incorporação de seus
benefícios do plano espiritual no plano humano acumulando e se beneficiando em vida.
Desta forma contrariando a conformação ao mundo do racionalismo oriental, a
ética protestante propõe é uma moral pratica no mundo, ou seja, de modificação
e dominação do mundo. Para weber esse é o espirito do capitalismo, o trabalho
pratico como forma de dominação do mundo.
Com isso a ética capitalista tornasse a ética
do trabalho e do acumulo de capital, trabalho, para a acumulação de capital. A
cultura moderna é a cultura do usufruto e do trabalho como um elemento para se
acumular capital apenas com esse fim. Tal fato pode ser entendido na ética
protestante onde quanto maior a acumulação de capital maior as chances de sua
predestinação divina. Por fim Para Webber Weber a reforma protestante tem o
sentido de não de uma forma de escapar ao controle religioso sobre a vida
social, mas de fazê-lo mais rigoroso e estende-lo a todas as instancias da
vida.
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