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domingo, 19 de agosto de 2012

Capitalismo, o clássico vilão.

     Em sua obra "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", Max Weber expõe uma crítica à ideia de que a acumulação de capital é algo egoísta e anti-ético, e apesar de sua teoria ter sido desenvolvida no começo do século XX ela ainda pode ser aplicada ao cenário contemporâneo.
     Ele parte da ideia de que o capitalismo não é o desejo pelo lucro por si só, ele vai além disso. Weber através de sua racionalização vê no capitalismo a possibilidade de se transformar a sociedade de modo mais dinâmico, e isso realmente acontece, é deixado para trás a economia doméstica e toda aquela estagnação. Através do capitalismo e do acúmulo do capital, a ciência e a tecnologia puderam avançar de modo nunca visto antes.
     O capitalismo sofre constantemente críticas insistentes, que apontam as disparidades sociais, a fome, a pobreza de muitos em contraste com a riqueza de poucos. Entretanto, não pode culpar-se o capitalismo em si, mas sim os homens que agem (ou não) a respeito desses problemas. O capitalismo nada mais representa do que a garantia de receber o referente ao trabalho efetivado.. Obviamente o capitalismo proporcionou uma mudança radical na mentalidade das pessoas, mas mesquinhez e egoísmo que engendram a pobreza do outro lado, não são frutos de um sistema econômico, mas de sua própria concepção de vida. O capitalismo apenas proporciona àqueles que trabalharam e se esforçaram, sua remuneração, e sim, essa remuneração varia, mas o trabalho e a dedicação também. Não é possível falar que o sistema capitalista é um sistema justo e honesto, assim como o próprio homem não é. 
      O capitalismo é visto como um bicho de sete cabeças que destrói e torna pobre uma grande maioria em nome da minoria, o que não se entende é que o capitalismo o sistema que permite a acumulação do capital para tornar boa a vida dos homens que batalham nessa "selva".
     Não se pode crer fielmente no capitalismo como fonte da salvação de todos os problemas,  mas é necessário se entender tudo que ele proporcionou e continua a proporcionar. E é extremamente cômodo para grande parte da sociedade culpar o "capitalismo" por tudo de errado que existe pelo mundo, quando na verdade a culpa é dos próprios homens, sendo capitalistas ou não.

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