O capitalismo sofre de um mal, a
racionalização dos princípios da vida humana. Mais do que a pura obtenção de
lucro, essa racionalização do modo de produção capitalista, abrange o meio
econômico, cientifico, jurídico e humano. Esse aspecto do capitalismo ocidental
foi um alvo de estudo de Marx Weber, em sua obra A Ética Protestante e o
Espírito do Capitalismo.
O ápice dessa razão se encontra na
sua utilização como moral, ou seja, como meio de vida. Esse caminho é a base do
protestantismo, que visa uma finalidade prática da vida. Se pensarmos nessa
concepção, podemos ver claramente em religiões como na Calvinista, o principio
capitalista como um ideal a seguir. A salvação predestinada, cuja representação
terrena é o sucesso financeiro, vem para justificar um modelo de produção
puramente racional, e conciliar a exploração prática da natureza com a ética, a
religiosidade do homem.
O racionalismo se torna parte do ser
humano, e isso afeta todas as suas relações com o mundo em que vive. Com o
advento da tecnologia, percebemos mais claramente como nos últimos anos, a
sociedade se racionalizou e alterou o seu modo de ver o mundo. Locomover-se
mais rápido, fluxo financeiro maior, interações sociais através de interfaces
eletrônicas, são apenas alterações superficiais de uma lógica que se impregnou
no cerne da sociedade.
Murilo Martins
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