Max Webber analisa em sua obra "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" as nuances da relação entre a religião protestante e o desenvolvimento do espirito capitalista. Segundo ele os hábitos desse ramo religioso serviram de viga para o aparecimento desse comportamento ocidental. Dentre as mudanças vale lembrar a permissão da usura (juros), o uso legal de habilidades mundanas para gerar lucro (calvinismo) e o racionalismo aplicado nas atividades, como a matemática, administração e etc.
Muito se questiona a eficácia dessa tese. Será que se o Brasil tivesse sido colonizado por protestantes, nós teríamos condições melhores? Talvez sim, mas não acredito nesse tipo de questão colocada dessa forma. São vários fatores que determinam o espirito de uma sociedade, não apenas a religião. Até acredito que a religião católica traga atrasos no sentido econômico, por se preocupar mais com o metafisico do que com as questões materiais. Inclusive vale citar o exemplo maior: Jesus Cristo, que passa a imagem do homem sofredor, pobre, que não explora o próximo; assim como a maioria dos santos.
Acredito que as preocupações de cada uma dessas religiões diferem muito no sentido de expor comportamentos diferentes nos fieis. Cada um traz consigo os preceitos religiosos para todos os campos de sua vida, seja ela politica, econômica, sexual, pessoal e etc. E isso acaba refletido como um todo pela sociedade, dependendo do número de pessoas adeptas. No entanto, como dito anteriormente, não é só isso que determina os rumos desse grupo. Um católico hoje em dia usa preservativos e não nega, assim como continua afirmando ser católico.
O fator torna-se menos seguro de avaliação por permitir um certo afrouxamento. Aqui no Brasil, religião não é uma pauta radicalizadora e geradora de guerras. Nós brasileiros dificilmente lidamos de forma mais dura, atualmente, com a religião de cada um. É uma sociedade aberta, seja isso para o bem ou para o mal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário