Para
viver em uma sociedade capitalista como a atual é necessário adaptação ao
sistema, e suas inúmeras relações econômicas criam as regras
para a correta adaptação.
Em “A
ética protestante e o espírito do capitalismo” Weber já indica dois elementos
que não devem ser ignorados para aqueles que vivem em sociedades capitalistas,
a religião protestante, agora neste texto com foco no Calvinismo e o próprio espírito
do capitalismo. Dentro do espírito do capitalismo existem fatores cruciais para
seu entendimento e posterior adaptação como a existência de classes sociais
interdependentes e necessariamente desiguais, as relações de mercado como base
para as outras relações como as políticas e públicas e a existência e busca por
todos de uma propriedade privada sendo que esta última se enquadrou
perfeitamente a religiões protestantes como o Calvinismo.
A
religião calvinista pregava em uma de suas principais idéias o acumulo de
dinheiro honesto como caminho para a salvação, portanto, ao surgimento da idéia
capitalista uma religião que se opunha ao “não lucro” do catolicismo era
altamente desejada e também necessária, formando assim, um casamento de idéias
que permitiam que um novo sistema se consolidasse com legitimação divina, algo
muito prezado nos séculos XVI e XVII por exemplo.
Mas não
só legitimação religiosa é necessário ao capitalismo, a existência de uma alta
racionalidade, observada por Max Weber em sua obra, é necessária para os
avanços tecnológicos, da ciência e dos meios de produção que são nada mais,
nada menos que geradores de capital e objetos de conforto, poder econômico e
controle social.
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