A racionalização, surgida com a
modernidade é a característica marcante do espirito do capitalismo. Para que o
acúmulo de capital se de, ela assume diferentes aspectos: o contábil, separando
o bem empresarial do particular; o científico; o jurídico, reconhecendo a
propriedade privada, a propriedade intelectual, patentes, etc.; e a consciência
do homem. È nesta última que Weber vai se aprofundar, e encontrar influências
religiosas do protestantismo no espírito do capitalismo, isto entre os diversos
fatores possíveis. Essa nova abordagem, coloca em ênfase a religião, se
diferenciando de abordagens como de Marx e Engels.
Segundo seu pensamento, O
protestantismo, vai agir no ethos, na cultura e na adoção de certas condutas
racionais. Dentre as diferentes vertentes protestantes, o luteranismo é
descartado, pois mesmo valorizando o trabalho como edificante, possui conotação
tradicionalista, no sentido de garantir a subsistência e, não o acúmulo de
capital. Já o calvinismo motiva o surgimento desse espirito, por acreditar na
predestinação como forma de salvação eterna, indicada pelo sucesso material. É importante
lembrar, que a Bíblia , a base do pensamento cristão, não incentiva a
acumulação de riquezas, pelo contrario, em Mateus 19:24 Jesus diz : “...é mais
fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino
de Deus”.
Todo essa racionalização tão bem
descrita por Benjamin Franklin e, a impregnação capitalista na forma de ver a
vida, leva o homem a inverter os valores
, a trocar o fim pelo meio e , chega a fazer da aquisição material um prazer
doentio. Talvez seja a hora de se repensar nos valores que regem nossas vidas!
Quais são os seus?
Jéssica Duquini
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