A RACIONALIZAÇÃO, intríseca às concepções arraigadas no âmago da HISTORICIDADE OCIDENTAL, perpetuou acuidade capitalista no âmbito das relações sociais e econômicas. Destarte, aquela, execravelmente hipertrofiada na contemporaneidade, calca-se, devido a este estado, em pilares teóricos imbuidores de concepções da ÉTICA PROTESTANTE, a qual propaga que, abster-se do pecado é, de fato, cercear-se da vadiagem, renegando deleites "não proveitosos". Ora, a extenuada, após a REFORMA, DOUTRINA CATÓLICA, permitiu à CLASSE BURGUESA propagar ideários aptos a convergir e homogeneizar valores éticos. Atônito, o clero, insuflado de anacronismo e inépcia, delegou à INQUISIÇÃO o fútil chamuscar de hereges. Óbvio, não vingou isto.
Emerge o LIBERALISMO. A FILOSOFIA MEDIEVAL, mística, sucumbe; o ILUMINISMO expugna a teologia e a metafísica da IDADE MÉDIA. Concomitantemente, a indepedência dos Estados Unidos da América - culminada por colonos PROTESTANTES -, fomentada pelos CONSTITUIONALISMO e JUSNATURALISMO, impugna, no âmago humano, a LIVRE INICIATIVA. O capitalismo, indubitavelmente, na recém-formada confederação, desenvover-se-ia à maneira grandiloquente. Também, a REVOLUÇÃO FRANCESA, ao declarar direitos universais, deflagra o poder ABSOLUTO para dar à luz um Estado dinâmico economicamente, de axiologia diversa.
Veemente análise sociológica de Max Weber culmina em esplêndida obra: "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo". Nela, as peculiaridades racional e pragmática do OCIDENTE obtêm realce ao serem responsabilizadas pela ingerência, no pensar humano, de acumúlo material que, em concomitância com s princípios PROSTESTANTES, perpetuaria no banimento da heresia. CONTRATO, ORGANIZAÇÃO DA FORMA DE TRABALHO e DISCIPLINA são vocábulos que encarnam a nova Ordem global. O Direito assemelha esta inexorável conjectura, racionaliza-se, tal qual a ciência, o Homem e a contabilidade.
O ASCETICISMO torna-se irrevogável, um Fato Social. Vargas, no Estado Novo, aplicaria demasiadamente esta doutrina, assim como o nazismo e o facismo de Adolf Hitler e Mussolini, respectivamente. O Self Made-Man, respaldado pelo American Way of Life pós-segunda Guerra Mundial, insurge no ambiente midiático e propagandístico globalizado, alienador. É bestializado o indivíduo não produtivo, "inútil". Arrefecer o frenético ritmo cotidiano é ideia deplorável. DEVE-SE ACUMULAR DEVE-SE INVESTIR, DEVE-SE EMPREENDER. É isso: os protestos de Diógenes foram olvidados; Benjamin Franklin, todavia, permanece em voga!
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