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domingo, 31 de março de 2024

As limitações do positivismo no estudo das ciências sociais.

 O positivismo é uma abordagem filosófica que enfatiza a observação empírica e o método científico como meios de investigação em várias áreas do conhecimento. Fundado por Auguste Comte, o positivismo busca regularidades e leis universais. No entanto, quando aplicado ao estudo das sociedades humanas, ele enfrenta desafios significativos, tais quais: a subjetividade e a complexidade social.
Em primeira análise observa-se que a complexidade social é um fenômeno intrínseco às sociedades humanas. Ela emerge da interação de diversos fatores, como cultura, economia e política. Essa intrincada teia de elementos influencia o comportamento coletivo e individual, moldando normas e estruturas sociais. Assim, a diversidade de perspectivas e a constante mudança tornam a compreensão das sociedades um desafio complexo, o qual o positivismo, com suas normas que não consideram essas variáveis, não é capaz de desvendar.
Outrossim, a subjetividade é outro aspecto fundamental da experiência humana. Refere-se a perspectiva individual do ser, influenciada pelas emoções e valores pessoais humanos, ou seja, cada pessoa percebe o mundo de maneira única, colorindo suas interpretações com sua subjetividade. No entanto, essa subjetividade também pode ser um desafio na pesquisa científica e na análise social, pois torna difícil quantificar e medir aspectos pessoais. Reconhecer e considerar a subjetividade é essencial para uma compreensão completa da sociedade humana e ao ignorá-la o positivismo ignora aquilo que torna o estudo das ciências sociais, social.
Portanto, infere-se que o estudo das ciências sociais, apesar de ser tão importante e sério quanto os das demais ciências, não pode ser realizado do mesmo modo que elas. Uma vez que as variáveis que assolam cada comunidade humana são imprescindíveis para sua compreensão completa e não se encaixam em fórmulas matemáticas e experimentos em laboratório, os cientistas sociais devem adotar uma abordagem mais flexível e holística, explorando nuances culturais, históricas e subjetivas. Assim, o estudo das ciências sociais se torna uma jornada fascinante, onde cada entrevista, cada observação de campo e cada análise de dados é uma peça do quebra-cabeça que revela a complexidade da sociedade

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