É comum do ser humano se colocar no centro do universo, desde o século XIV com o surgimento da corrente humanista o homem vem se colocando como protagonista nos mais diversos cenários possíveis, o egoísmo (ou egocentrismo) do homem sempre permeou a vida em sociedade. Entretanto, segundo Émile Durkhein, quando se trata da sociedade (em geral) há fenômenos, por assim dizer, que superam a mediocridade do ser humano e são independentes deste. E muito além, para cada indivíduo que compõe a sociedade e pensa ser o centro do mundo, existem muitos outros que pensam exatamente da mesma maneira, ou seja, aqueles que pensam ser exclusivos, definitivamente não são.
Dentro do contexto social há
uma série de imposições, muitas delas até imperceptíveis, aos indivíduos que
compõem a sociedade. Mas o fato de não verem ou mesmo não se sentirem
pressionados, não significa que essas imposições não existem. Isso demonstra que
muitos fenômenos sociais ultrapassam o limite da existência humana, por
exemplo: dentro do contexto brasileiro, não há lei escrita que obrigue as
empresas a aceitarem o famoso PIX ou mesmo cartões, entretanto, devido a
demanda do mercado da necessidade de vender mais, as empresas aderiram essas
formas de pagamento e aquelas que não aderiram sofrem as consequências, ou
seja, venderem menos.
É muita prepotência quando
uma pessoa afirma ser totalmente independente de todas as outras e que jamais
precisará da ajuda delas. Tendo em vista à análise de Durkhein em “As regras do
método sociológico” e em “Sociologia”, por mais que um indivíduo da sociedade
queira viver sua vida de forma individual, no sentido de ser solitário/exclusivo,
ele não consegue. Pois os sistemas que compõem a sociedade – governo, administração,
entre muitos outros – integram esse indivíduo em muitos outros sistemas sociais
e, assim, mantêm a coesão entre os indivíduos e a sociedade. Desse modo, por
mais que o senso comum afirme que os indivíduos da sociedade são diferentes
entre si, na sociologia, vemos que estes compartilham muito mais similaridades
do que divergências, contribuindo para uma relativa união social e interdependência
social.
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