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domingo, 31 de março de 2024

Educação ameaçada de extinção

 

   A partir dos conceitos desenvolvidos por Durkheim é possível analisar a situação do difícil acesso à educação pública de qualidade sob a ótica do “fato social”. Interpretando por todas as características que formam esse conceito, é possível ter uma abordagem sociológica dessa questão tão grave no Brasil.

   Pela parte da coerção, há diversas atuações dessa característica no processo de dificultar esse acesso. A coerção social está presente em uma noção estrutural da sociedade de que pessoas de baixa renda não pertencem e não devem ocupar ambientes de aprendizado e estudo. Esse tipo de pensamento pode ser comprovado através de falas que criticam o sistema de cotas, críticas estas que refletem a ideia de que certos grupos sociais não devem ter apoio para ingressar nos meios de estudo. Isso faz com que não tenha encorajamento por parte da sociedade para que alunos de baixa renda frequentem a escola visto que não há incentivo por parte da sociedade e sim o contrário, fazendo com que estas pessoas não se sintam pertencentes ao espaço da educação.

  Analisando pela Generalidade, a desigualdade social presente na sociedade brasileira é o fator determinante para que a educação pública se torne menos acessível. Como exemplo de uma forma com que essa desigualdade é nociva para a educação é notável que para a maioria da sociedade há dificuldade em transporte e locomoção, principalmente em grandes centros urbanos com transportes públicos hiper lotados e com menor extensão para áreas periféricas, tornando muitas vezes inviável o transporte de um aluno de periferia até a escola mais próxima.

  Considerando a Externalidade, os indivíduos ficam sujeitos à esses fatores que ficam anteriores a eles e acima de suas decisões pessoais.  Fato social que torna o acesso à educação pública algo frágil, sem consistência nem solidez, tornando-o quase “ameaçado de extinção”.



Pedro Puertas Ferreira- Direito/Noturno

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