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segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Corrente funcionalista na cultura do “tudo por um like”

     A revolução tecnológica e informacional, que produziu plataformas digitais ao alcance
da mão (com os consequentes riscos da confiabilidade de informação), tem
transformado os fatos sociais. E a vida material tem, para muitas pessoas que usufruem
da exposição pelas redes sociais e tecnologias instantâneas, adaptando-se à necessidade
de manifestação de modo de vida cibernético e seus intercâmbios, ainda que à distância.
    A propriedade privada, por vezes, deixa de ser privada pela necessidade de exposição.
Necessidade? De acordo com Noam Chomsky, a tecnologia digital é neutra e as
tecnologias digitais, ao popularizar a exposição e o compartilhamento de dados, podem
gerar a impressão de que o ser humano pode ter influência no pensamento e em
ambientes de convivência. Na cultura de obtenção de like imediato, muitas vezes a
propriedade privada deixa de ser privada, a exposição do cotidiano determina a
consciência e, consequentemente, a produção e novas necessidades: contemplação do
prazer de uma bela paisagem, por exemplo, só “massageará o ego” ao sacar o móvil do
bolso e sacar uma fotografia.
    Novos métodos de cooperação surgiram diante do distanciamento social (este agravado
pela covid-19). A consciência cooperativa fica afetada pelo temos do vírus e a
consciência, como produto social, fica afetada pela necessidade de demonstração das
novas atividades sociais. Sensibilidade da espécie humana de Feuerbach fica afetada,
assim como as relações de trabalho.
    Por fim, questionamos: novas realidades de relação de trabalho à distância farão
ressurgir a necessidade de reunião? Etiquetas da manutenção da câmera aberta e do
microfone fechado serão alteradas? O tudo por um like veio para ficar ad eternum?



Período Noturno

Disciplina: Introdução à Sociologia

Ricardo Camacho Bologna Garcia – Número UNESP: 211221511

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