FAKE NEWS E O FATO SOCIAL
O mundo contemporâneo gira em volta de uma coisa, a internet. Pensando nisso, é muito importante se analisar como os comportamentos sociais de diversas populações mundiais são moldados graças aos meios de comunicação social que tal tecnologia engloba. Para isso, é de suma importância dissertar dois temas que sofreram uma coerção social graças a fake news, a questão política e da pandemia de covid-19 no Brasil.
O Brasil passou por um processo político muito conturbado no ano de 2018, em que o candidato a presidência Jair Messias Bolsonaro foi eleito. Mas por que conturbado? Bem, isso ocorreu graças a disseminação de noticias falsas por meios virtuais, que influenciaram a eleição do candidato supracitado. A partir desse momento, as matérias falsas se tornaram tão comuns nos meios políticos, econômicos, culturais, ideológicos e em muitos outros, que me arrisco em dizer que se tornou um Fato social. O mesmo fato social que é desenvolvido por Émile Durkheim, em que o habito é imposto de forma geral, externa e coercitiva sobre o individuo que vive em sociedade. E tal afirmação se da no sentido de que, não todos, mas uma grande maioria social, acaba acatando mentiras espalhadas pela internet como real, como verdade, e passam a utiliza-las em seu cotidiano como forma de argumentação e ideologia de vida. A grande prova disso é que, mesmo depois das diversas polemicas que houveram após as eleições, uma grande parte dos cidadãos brasileiros ainda acreditam em noticiais que são divulgadas em redes sociais não confiáveis, e o pior, ainda defendem essas notícias a todo custo.
Outro ponto importante, que aborda o fato social e as fake news, é a questão da covid-19. Apesar de haver muitos discursos sobre a má gestão de Bolsonaro na questão da saúde, é fato que esse não foi o único fator que gerou o descomunal numero de mortes no Brasil, sendo a disseminação de falácias por parte do presidente a outra parte dessa equação que tirou a vida de mais de 500 mil brasileiros. Para se provar isso, basta olhar para qualquer canal televisivo que se prese, que mostram grandes aglomerações em diversas regiões do Brasil. Mesmo que não de para jogar a culpa de forma direta à Bolsonaro, é evidente que ele é culpado por parte dessas aglomerações e pelo desrespeito as políticas de distanciamento social, já que em diversos momentos (seja por redes socais ou por canais oficiais de comunicação) o líder da nação brasileira utiliza comentários como é uma "gripezinha" ou um "resfriadinho" , "e dai? lamento", falou que o vírus era "superdimensionado" e muitas outros se referindo a covid-19. E graças a esses tipos de comentários pessoas descredibilizaram a periculosidade da doença, fazendo aglomerações e posteriormente sofrendo ou transmitindo a tal. "A mas a culpa não foi do presidente!" De fato, a culpa não pode ser diretamente ligada a ele, mas como o líder de uma das maiores nações do mundo, como chefe de Estado e de responsabilidade enorme, ele não deveria fazer comentários como estes, já que sua palavra tem muita influência sobre o povo. E ai entra a questão do fato social, muitas pessoas (principalmente no inicio da pandemia) acreditaram nas falas de Jair, o que gerou uma descrença em relação ao vírus, posteriormente aumentando o numero de aglomerações e, consequentemente, aumentando o numero de contaminados e mortos.
Em suma, se percebe que as fakes news se tornaram um fato social no mundo contemporâneo, e tudo isso graças a falta de legislações que se referem a conferencia de noticias disseminadas, principalmente, pelas redes sociais.
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