O sociólogo Émile Durkheim apresenta os fatos sociais como um fenômeno exterior ao indivíduo, que já nasce em um ambiente com estruturas institucionais, culturais e ideológicas já edificadas, e também coercitivo, por parte da sociedade quando são tidas condutas adversas ao conceito social da moral e, por parte do Estado quando são praticadas atitudes contrárias às leis vigentes no ordenamento jurídico do país ou região. Dessa forma, o fato social existe e atua sobre os cidadãos independentemente de sua vontade, concordância ou adesão, aplicando-se a todos os indivíduos ou à maioria deles(os costumes e as leis já existem antes dos civis e independe deles - têm vida própria).
Outrossim, vale destacar que as regras jurídicas, morais, o sistema financeiro, os tipos de vestimentas e as diversas formas de expressão definem a maneira de ser do indivíduo no coletivo, exercendo assim sobre ele uma coerção sobre os indivíduos, o que o leva a conformidade com as regras preestabelecidas da sociedade em que vive, ou a sanções em caso de descumprimento.
Sob a ótica durkheimiana, a religião representa a própria sociedade idealizada, aspirando o bem, o belo e o ideal. Sendo assim, a moral cristã busca, em todos os seus conceitos regular o comportamento social e promover uma teia social afável, condenando atos e atitudes tidas como nocivas ao antes exposto, contudo, amando e acolhendo pessoas. Vale dizer também, que todos que assim não fazem, não podem se dizer como cristãos, tendo em vista que esse título não é autodeclaratório e exige renúncias particulares e o estrito cumprimento das ordenanças bíblicas neotestamentárias, o que não se observa em práticas homofóbicas e homossexuais.
Natã da Silva Dias, 1° período, noturno.
No parágrafo 'Vale dizer também, que todos que assim não fazem, não podem se dizer como cristãos, tendo em vista que esse título não é autodeclaratório e exige renúncias particulares e o estrito cumprimento das ordenanças bíblicas neotestamentárias, o que não se observa em práticas homofóbicas e homossexuais.' a questão da autodeclaração de cristão trata-se um posicionamento explícito de Durkheim ou de mera conclusão do autor do texto acima? Gostaria de um esclarecimento quanto à esse tópico. Grato.
ResponderExcluirOlá, Laredo. A ideia central do texto foi fazer uma analogia do Cristianismo com o fato social coercitivo de Durkheim. Nesse último, comportamentos tidos como imorais por grande parcela da sociedade, que é o caso da homoafetividade, são tratados com desdém, preconceito e discriminação, ao contrário do que o cristianismo prega. O incrível é que as mesmas pessoas que praticam esses atos coercitivos deploráveis com esse público, se dizem cristãos, mesmo fazendo totalmente o contrário do ensinado por Cristo: "ame o teu próximo como a ti mesmo". O próprio Jesus disse que se alguém quiser ir atrás dele(ser cristão) deve renunciar a sí mesmo(abdicar de suas vontades pessoais ), tomar a sua cruz dia após dia(sacrifício contínuo) e segui-lo(obedece-lo), esses são os requisitos que uma pessoa deve seguir para se tornar um cristão(seguidor de cristo), e não apenas se autodeclarar e fazer tudo ao contrário do que Jesus ensina. As ordenanças de Deus para o nosso tempo estão contidas no Novo Testamento, o mesmo inclui a homoafetividade e a homofobia como práticas que devem ser erradicadas da vida de quem almeja passar a eternidade junto a Jesus, porque para isso, é claro, é necessário obedece-lo. Por fim, Durkheim denota que a religião visa o ideal da sociedade, semelhantemente, o Cristianismo para alcançar esse ideal condena práticas nocivas à pessoa e sociedade, a exemplo das práticas homossexuais e homofóbicas.
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ResponderExcluir“Nós lutamos contra o apartheid porque estávamos sendo acusados de algo que não podíamos fazer nada sobre. É o mesmo com a homossexualidade. A orientação é dada, não é uma questão de escolha. Seria louco alguém escolher ser gay com a homofobia que temos hoje.” Desmond Tutu.
ResponderExcluirQuer saber algo que eu percebi no seu texto? que a sua visão religiosa é, em si, um fato social. Para você a religião (que é constituída pela população que expressa sua fé) é externa, é geral e é coercitiva? Na minha visão, essa sua concepção é só uma tentativa de justificar seus próprios preconceitos.
Por fim, tenta revisar essas suas ideias, começa parando de usar o termo "práticas", depois tenta mudar essa visão de "não tenho preconceito, tenho até amigos que são", a qual é simplesmente vil.
Ressalto que me senti incomodado pela forma que você tratou a questão, uma visão limitadora e néscia
Tenha uma boa noite
JESUS, O QUE OS CRISTÃO CREEM SER O DEUS ESCARNADO, SINTETIZOU O A.T. ASSIM: "[...] E O PRÓXIMO COMO A TI MESMO". FAZENDO UMA HERMENÊUTICA FIDEDIGMA DESSE VERSÍCULO, PODE-SE CONCLUIR (SE EU, POBRE, FAVELADO, PRETO, EX OPERÁRIO, FEIO, CONSEGUI, ACHO QUE TÚ CONSEGUI) QUE SE VOCÊ SE AMA, O QUE CREIO, LOGO AMA OS SERES HUMANOS LGBTQIA+, SE FOR REALMENTE CRISTÃO. O AMOR É O QUE NOS TORNA HUMANOS. SOU HETEROSESSUAL, ACHO.
ResponderExcluirEDSON NOBRE (COMUNISTA)
EU NÃO QUERO ESSE JESUS QUE VOCÊ PRAGA AÍ NÃO MEU, ISSO AÍ QUEM PREGA É O CAPETA.
ResponderExcluirEDSON NOBRE "VIDAS LGBTQIA+ IMPORTAM"
Sugiro-vos a releitura do texto, a fim de que possam entender que critico a homofobia que certas pessoas que se dizem cristãos fazem com o pretexto de indignação com o pecado da prática homossexual, se tornando isso, um fato social coercitivo.
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