Ao analisar a teoria do sociólogo Durkheim e associar a mesma com a realidade
atual, é possível evidenciar que a sociedade está em constante processo de
coerção.
Em sua teoria, um ponto
essencial de debate é a coletividade. Apesar de muitos pensarem que cada ser
humano é único e insubstituível, é complexo tratar de individualidade a partir
de suas ideias. Isto ocorre, pois, como é apontado por ele, a sociedade obtém
uma ´´origem coletiva´´.
Para o sociólogo, cada
indivíduo deve estar em busca do equilíbrio, da harmonia geral. Quando algo ou
alguém se coloca contra o equilíbrio, uma anomia é estabelecida e deve ser
combatida para o reestabelecimento da norma, do habitual para o coletivo.
Tudo o que é realizado como ´´habitual´´
já foi uma vez imposto e pode ser apontado como regra social. Este fator pode
ser abordado de diferentes maneiras, como por exemplo, quando é discutida a
ciência do Direito, o que é posto na lei deve ser cumprido, caso contrário, uma
anomia será criada e uma reação punitiva será necessária.
Ainda, é possível incluir
neste tema o meio social que é criado pelos próprios indivíduos, fato que varia
de acordo com a cultura e localização. No Brasil, por exemplo, padrões sociais
são estabelecidos diariamente, ditando o modo de se vestir, se portar e até
mesmo de se comunicar. Porém, as anomias neste meio são situadas de modo
diferente, não como uma sanção jurídica, por exemplo, mas como um fator de
vergonha social, ou apenas a função de ser irrelevante para a modificação do
corpo social (aspecto considerado como punitivo por muitos em meio à atual cultura
do espetáculo).
Portanto, a teoria de
Durkheim aplicada no Brasil do século XXI explicita a coerção dos meios sociais
em frente à população que, involuntariamente, participa deste ato que
impossibilita uma fuga ou tomada de decisão própria que possa contrariar a
harmonia geral sem a futura reação punitiva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário