A questão a se criticar em relação a essas premissas é a maneira como as percepções divergentes do indivíduo são negadas em detrimento do que é aceito pela sociedade. Essa ideia abre espaço para atitudes autoritárias, desvirtuando até mesmo o pensamento democrático, no qual todos são aptos a resistirem sobre determinados valores. Ademais, a educação deve preservar essa pluralidade de pensamentos, tendo em vista a formação de alunos esclarecidos e livres para exporem suas percepções de mundo.
Seguindo essa premissa de Durkheim que a música “Another Brick in the Wall”, da banda Pink Floyd, serve como base para reforçar uma crítica à sociedade moldada por valores sociais, desde a formação educacional. Tanto na letra quanto no clipe oficial ressaltam-se o alunos declarando o famoso verso “we don’t need no education” (nós não precisamos de educação) como forma de revolta ao controle ideológico autoritário dos professores e à falta de liberdade de expressão contra os padrões da época.
Apesar de ter sido lançada há algumas décadas e ter como primeira intenção criticar o sistema educacional britânico do século passado, a música contém críticas totalmente relacionadas à contemporaneidade. Diferentemente do que é expresso por Durkheim, os indivíduos têm por direito adequar-se aos ideais que lhes convêm. Dessa forma, os “padrões” encontrados na sociedade, como de beleza, raça, ideologia de gênero, entre outros devem dar lugar a escolha pessoal, acima de qualquer valor coletivo equivocado.
Nesse sentido, seja em Durkheim, seja em Pink Floyd, nós somos uma forma de resistência aos comportamentos impostos e autoritários. Nós, como indivíduos detentores de direitos, temos que assumir um papel de destaque contra qualquer tipo de coerção.
Vídeo legendado: Another Brick in the Wall (Pink Floyd).
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