O filme “Ponto de Mutação” ,baseado na obra de Fritjof
Capra, retrata uma discussão sobre a existência e os propósitos da vida humana.
Três personagens, um político, um poeta e uma cientista se encontram na ilha de
Saint Mitchel, lugar de relativa paz e tranquilade, e logo iniciam uma extensa discussão sobre os rumos da
sociedade atual, tendo em conta o desenvolver do pensamento ao decorrer do
tempo.
Para a cientista Sonia, o mundo vive uma crise de percepção
influenciada drasticamente pelo pensamento de Descartes. O filósofo propõe a
separação do todo em diversas partes,
estudando-o de maneiras separadas, assim como o fazem hoje os políticos. A
cientista vê isso como uma incapacidade dos governantes de enxergarem os
problemas como algo único, interligados. Assim, ao procurarem resolvê-los
separadamente acabam não atingindo o sucesso. E esse fracasso, gerado pela
cultura extremamente capitalista, se perpetuado, acabará por proporcionar o fim
da humanidade nas próximas gerações.
Portanto, a obra pode
servir como um aviso sobre o rumo que estamos tomando. Até que ponto poderemos
persistir nessa mentalidade de consumo exacerbado, convivendo com tantas crises
mundiais como as doenças, a fome, a desigualdade. Até que ponto poderemos trata-las
como se fossem ideias distintas, sem nenhuma relação entre si? Essa é a
resposta que “ Ponto de Mutação” busca nos dar, propondo uma nova visão de
mundo para que esse velho mundo, com velhas ideias não atinja seu estágio
terminal.
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