No filme “Tempos Modernos” eternizado por Charles Chaplin o
pensamento mecanicista é duramente criticado. O homem passa a ser uma própria
máquina, moldada para realizar a mesma função o dia todo. Nesse momento, o
pensamento cartesiano havia chegado ao limite: era necessário mudança. Isso é
criticado ao longo do filme “Ponto de Mutação” no diálogo entre três personagens,
cada um representando uma classe: a política, a arte e a ciência. A discussão
revela os problemas de um mundo doente e a necessidade de mudar a visão mundana
considerando suas conexões.
Analogamente, temos universo linguístico como sendo o mundo.
Para que haja harmonia textual, sabe-se que é necessário usar os conectivos de
maneira correta a fim de ligar as frases e dar significado ao texto. Da mesma
forma ocorre com a natureza, já que ela compreende uma série de conexões
interdependentes, sendo estas essenciais para compreensão do todo. O que seria
do relógio sem as engrenagens? O que seria da palavra “casa” sozinha?
Por isso, os personagens do Filme “Ponto de Mutação”
pretendem buscar uma solução. O que se percebe é que há a necessidade de
compreender o planeta como um todo de relações, isto é, ao realizar uma determinada
ação, há consequências. Estas podem não ser imediatas, mas devem ser consideradas.
Há então, uma ausência de preocupação em prevenir. Tal situação é confirmada
hoje, exemplificado pelo descaso com a água - um dos bens mais preciosos
existentes – não tratada com seu devido valor, visto que os indivíduos apenas
remediam, a fim de adiar ou atenuar a questão e não solucioná-la. Assim, as diferentes
percepções dadas aos personagens do longa enriquecem a discussão e desmitificam
vários conceitos, além de ajudarem na superação do método cartesiano, trazendo
soluções intrigantes e ambiciosas.
Leonardo Borges Ferreira - 1°ano Direito Noturno
Sobre o filme "Ponto de Mutação"
Leonardo Borges Ferreira - 1°ano Direito Noturno
Sobre o filme "Ponto de Mutação"
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