Paulatinamente o homem
questiona-se sobre tudo o que lhe impacta: profissão, relacionamentos, qualidade
de vida, interesses, objetivos e experiências são alguns dos aspectos que causa
certa preocupação e curiosidade em conhecer o que é verdadeiro e satisfatório
durante toda uma existência nesse mundo.
Mediante a isso, filósofos
e pesquisadores que se aprofundaram nesses
questionamentos, relataram diversos modos diferentes de conhecer a
verdade e preencher esses “buracos” tão perspicazes. Mas será que algum modo é
eficaz e retira essas dúvidas? Será que todos são capazes de enxergar o mundo da
mesma forma? Ou cada um é diferente exatamente para propor novos caminhos, e
nunca descobrir a melhor forma de saber das coisas?
Fernando Pessoa, não conseguiu entrelaçar-se a
um só caminho de pensamento e criou seus heterônimos, aí está sua tamanha contribuição
tanto nos parâmetros da literatura como no ato de construir pensamento. Álvaro
de Campos relatava suas visões por um âmbito futurista, a angústia e tédio em
meio ao mundo moderno que o ilude como pessoa e profissional. Ricardo Reis atenta-se para a natureza, a
simplicidade das coisas, porém se vê na decadência de tudo isso. E por último, Aberto
Caeiro com uma visão atrelado ás sensações e os pensamentos e a essência humana
pactuada com a simples natureza.
Analogamente, o filme Ponto de Mutação retrata
essa oposição de pontos de vista e a dúvida constante no que se refere à melhor
forma de ver e compreender os sistemas do mundo, a cientista do filme
desiludida como Álvaro de Campos acredita na necessidade de uma composição de
visões, que é preciso entender o bater de asas de uma borboleta em um
determinado local e tempo para assim ver seu efeito e não mais situar-se no
cartesiano.
Novamente põem-se a questão: será que se encontrará
a melhor forma do saber ou permutará essas barreiras as quais podem ser aí a
graça de existir como racionais? Tudo depende do ponto de vista.
Ana Caroline Gomes da Silva, 1º ano
Direito noturno
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