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domingo, 12 de agosto de 2012

Exploração velada

A obra “O Manifesto Comunista” discute, entre outras coisas, sobre a luta de classes. Os autores afirmam desde o início da história da humanidade há um grupo de favorecidos e um grupo dos explorados. O que acontece é que o capitalismo foi o primeiro modelo econômico a camuflar essa exploração.
Com o início da Revolução Industrial, era nítida a exploração dos operários, porque não possuíam direitos, trabalhavam em condições desumanas e por muitas horas seguidas. Apesar disso, a burguesia alegava que nada prendia os trabalhadores aos seus cargos, estavam lá por uma opção e se quisessem podiam desistir a qualquer momento. Esse tipo de discurso, segundo Marx e Engels, é perverso, porque os trabalhadores só se submetem a isso porque necessitam de dinheiro para sustentar suas famílias, pior do que trabalhar nessas condições, seria deixar a família passar fome e necessidades (na verdade, muitas famílias mesmo trabalhando continuavam em situação de miséria).
O pior do capitalismo é que a maioria da população acha que a fase da exploração já acabou, porque muitos direitos trabalhistas foram adquiridos ao longo da história, como por exemplo, a jornada de trabalho diminuiu e a exploração infantil foi proibida. O que ocorre é que até hoje há uma camuflagem dos grupos que são favorecidos, a distribuição de renda no mundo é completamente injusta, algumas pessoas conseguem reunir em sua fortuna praticamente o PIB de países pobres. É por isso que a exploração do capitalismo não acabou, as pessoas se alienam no consumo e na mídia, vão para o trabalho para ganhar dinheiro e quando chegam em casa assistem televisão onde passam comerciais que só estimulam o consumo desfreado. E é por isso que Marx e Engels tinham razão: o capitalismo é o sistema mais perverso, porque explora a população sem que ela se dê conta disso.

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