A história do homem é marcada pela
luta de classes. Esse e outros pressupostos de Marx e Engels, ditados no
Manifesto Comunista de 1848, mostram-se influente até hoje.
A burguesia segundo o Manifesto,
surge da decadência do sistema feudal, em uma época onde a produção precisava
evoluir devido à demanda da população. Suas ideias modificaram a estrutura das
sociedades, criando um modelo que se mantém até na atualidade. Essas intervenções
da burguesia agravaram a luta de classes, pois separou o artesão do seu meio de
trabalho, com a implantação da manufatura e futuramente do sistema industrial
moderno, ficando com os meios de produção para si.
Após suprir as necessidades locais, a
burguesia volta seus olhos para o mercado global, ao utilizar matérias primas
de lugares distantes e realizar comércio nesses locais. Escrito a mais de um
século, isso se mostra cada vez mais atual, pois vemos constantemente o avanço
do mercado globalizado, com implantações de multinacionais em várias partes do
planeta.
Esse avanço da classe burguesa leva a
uma condição de superprodução, isto é, um exagero de produção. Temos então uma condição
onde a burguesia se autodestrói, pois não consegue lidar com a riqueza que gera.
Esse processo ainda cria o inimigo que viria destruí-la, o proletariado, que
dentro das contradições capitalista chegaria a um extremo e, revolucionando o
sistema, implantaria o regime socialista.
A premissa do socialismo ocorreu de
fato em países com na extinta União Soviética, porém seu avanço foi contido,
principalmente devido à habilidade da burguesia de desconstruir-se para se
adaptar as necessidades de cada época. Seus paliativos surtem efeito, e o
proletariado mantém-se calado, aguardando o dia que essa classe privilegiada
irá ruir.
Murilo Martins
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