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domingo, 12 de agosto de 2012

A burguesia e a luta de classes


A história do homem é marcada pela luta de classes. Esse e outros pressupostos de Marx e Engels, ditados no Manifesto Comunista de 1848, mostram-se influente até hoje.
A burguesia segundo o Manifesto, surge da decadência do sistema feudal, em uma época onde a produção precisava evoluir devido à demanda da população. Suas ideias modificaram a estrutura das sociedades, criando um modelo que se mantém até na atualidade. Essas intervenções da burguesia agravaram a luta de classes, pois separou o artesão do seu meio de trabalho, com a implantação da manufatura e futuramente do sistema industrial moderno, ficando com os meios de produção para si.
Após suprir as necessidades locais, a burguesia volta seus olhos para o mercado global, ao utilizar matérias primas de lugares distantes e realizar comércio nesses locais. Escrito a mais de um século, isso se mostra cada vez mais atual, pois vemos constantemente o avanço do mercado globalizado, com implantações de multinacionais em várias partes do planeta.
Esse avanço da classe burguesa leva a uma condição de superprodução, isto é, um exagero de produção. Temos então uma condição onde a burguesia se autodestrói, pois não consegue lidar com a riqueza que gera. Esse processo ainda cria o inimigo que viria destruí-la, o proletariado, que dentro das contradições capitalista chegaria a um extremo e, revolucionando o sistema, implantaria o regime socialista.
A premissa do socialismo ocorreu de fato em países com na extinta União Soviética, porém seu avanço foi contido, principalmente devido à habilidade da burguesia de desconstruir-se para se adaptar as necessidades de cada época. Seus paliativos surtem efeito, e o proletariado mantém-se calado, aguardando o dia que essa classe privilegiada irá ruir.
                                                                               Murilo Martins

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