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domingo, 12 de agosto de 2012

O Pai, o Filho e o Espirito Santo

 O Manifesto Comunista. Escritura sacra para uns e profana para outros, operou em inúmeras mentes da classe trabalhadora. Foi considerado um marco na comunhão dos ideais da luta social e sintetizou bem o momento vivido pela modernidade. 
  O livro apresenta propostas para o rompimento do "motor histórico" que agia desde as mais antigas sociedades, visando com isso um bem social maior e incluindo a participação decisiva da massa operária como vetor principal desse processo.
  Para prosseguir, eu gostaria de associar uma teoria particular. É um tanto quanto óbvia mais servirá de base para o desenvolvimento do texto. Eu a chamo de Teoria do Trinômio Histórico. É um tanto quanto simples mais explica de forma sucinta minha visão. É uma divisão da história em 3 partes.
  A primeira, que vai desde o Egito antigo até a Revolução Francesa, teve nas organizações humanas o prevalecimento da vontade dos que governam puramente no sentido político dos fatos. A política mandava em si mesma, na economia e no social, era soberana e seus representantes, legítimos. Um rei poderia mandar e desmandar nas leis comerciais, assim como nos serviços dentro de seu feudo.
  A força política dos mais altos representantes era respaldada em fundo religioso, como reis ou faraós, ou na força da tradição, como a hierarquia real ou o Império Romano. Isso fornecia alguns dos pilares importantes para que a vontade deles prevalecesse sobre os demais. Um outro pilar era o quesito militar que até hoje impõe vontades.
  Essa fase do trunfo politico como mais importante fator na tomada de medidas e decisões acaba com a Revolução Francesa. É simples de entender. Quando o terceiro estado assume o poder a tradição meramente política é quebrada, o quesito econômico supera o politico e se torna o funil seletor pelo qual as pessoas passarão para poder governar. Isso se explica pela vontade da burguesia em assumir o poder politico já sendo detentora do poder econômico, como algo justo, um processo de fagocitose natural.
  Este período dura até hoje. As grandes empresas dominaram a política, que agora atual como viés legal para legitimar ações de fundo puramente capitalista. Um rei já não governa pela vontade própria sem atender interesses financeiros.
  O fim dessa fase seria o trunfo social, onde as necessidades das pessoas superassem as vontades pessoais do políticos e as vontades dos grupos econômicos. A economia e a politica seriam os satélites das atividades sociais. A cultura, o bem-estar, alimentação, saúde e educação seriam os guias dessa fase.
  A fase social seria parecida com a que os socialistas tanto lutaram, mas duvido muito que cheguemos a essa período prospero através do Manifesto Comunista. Seria preciso uma analise de mudança não só econômica dos meio de produção, mas também política, procurando facilitar tudo aquilo que hoje é burocrático e igualando a participação dos menos favorecidos. Assim, politica e economia trabalhariam pelo social. Talvez seja apenas utópico pensar nisso, ou  talvez um dia alguém consiga encaminhar este projeto por vias não usadas por Marx

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