Em um mundo indiscutivelmente
globalizado, surge o discurso ambientalista, preocupado com os gases poluentes,
a contaminação dos recursos hídricos por meio de resíduos tóxicos etc. As
poluições atmosférica, hídrica, do solo, sonora, e a mais recente, a visual,
afetam as relações interpessoais em tal cenário. Pode parecer uma desavença psíquica
autoral, porém, mister se fazem as explicações necessárias para a sustentação
do argumento apresentado.
Já em Do socialismo utópico ao socialismo científico, Engels dizia que “já
não se tratava de abolir os privilégios de classe, mas de destruir as próprias
diferenças de classe”, isto é, o proletariado não queria acabar com as
vantagens do capital para a burguesia, mas queriam essas vantagens para si,
inclusive. Isso revolucionou o pensamento socialista e foi desenvolvido de modo
enfático no Manifesto Comunista. E o
que isso tem a ver com a poluição? Percebe-se que muitos dos anúncios, outdoors, comerciais televisivos, possuem
preços estabelecidos para a compra e, consequentemente, um ímã para a vontade
consumista.
Inegavelmente, esse carnaval visual
afeta a todos, gradativamente e exponencialmente. Isso gera um “ciclo vicioso”,
tornando possível o giramento contínuo da roda da economia e dos modos de
produção. Mas, resta uma curiosidade, que já não o é mais: como tantos produtos
circulam em vastas quantidades de modo a nunca se esgotarem? As máquinas, que há
décadas substituíram de forma injusta e maciça os trabalhadores, que,
obviamente, sem condições físicas, psicológicas e técnicas não conseguem
competir de modo igualitário contra os monstros que ajudaram a revolucionar o
capitalismo e acelerar o processo produtivo.
Assim, nota-se que todas as
poluições têm relação com o capital, até mesmo a espacial, já que os resíduos
espaciais são produtos provenientes do processo de globalização, mais
especificamente da instalação de satélites e aparelhos tecnológicos. Logo, uma
crítica estonteante, no que tange às relações familiares, foi a que Marx disse
que até elas são, atualmente, baseadas no capital. E cada vez mais, isso é
perceptível, pois os sentimentos são deixados de lado, muitas vezes, para darem
lugar ao interesse familiarizado com o lado burguês.
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