Na historia da
humanidade, a luta de classes sempre existiu, e se intensifica com advento do
capitalismo, revelando -durante a revolução industrial- a força de opressão que
criou situações depredáveis de exploração do operário, culminando em exaustivas
jornadas de trabalho, trabalho infantil e infanticídio, através do
envenenamento por ópio provocado pelos pais.
Fica muito nítido na
obra (o manifesto comunista) a proporção alcançada pelo capitalismo. Domina
todas as sociedades, através da ameaça de extingui-las; penetra profundamente
no pensar, no modo de produção, no mercado, nas relações socias e até na
religião; de maneira jamais imaginável provoca grandes alterações no modo de
vida moderno. Com uma nova constituição social e política, com o
desenvolvimento tecnológico, que proporciona uma gigantesca expansão industrial,
o capitalismo passa a âmbitos globais, com uma intensificação cada vez maior
das relações internacionais. Assim, consegue naturalizar a dominação, pois cria
raízes profundas no pensamento, ou, no não pensar social.
Atualmente essa
“domesticação”, continua e diria que mais forte, os oprimidos não querem muitas
vezes acabar com a opressão, mas querem ocupar o lugar dos opressores, para
continuar com o vício. È claro que não se pode generalizar. Um exemplo claro - um pouco tolo, mas que não
deixa de revelar o modo de pensar da sociedade brasileira- acontece na novela
Avenida Brasil, quando uma mulher que trabalha como faxineira, contrata uma diarista
para si, só que a trata com desprezo e arrogância, apenas reproduzindo o que
sua “patroa” faz com ela , reproduz um vício, sem nem refletir. Até mesmo em
outras novelas, onde o ascendente de classe apenas imita, seja comprando
compulsivamente, os atos desprezíveis da classe opressora “criando um mundo a
sua imagem e semelhança”.
Todas essas situações
só se perpetuaram, pois o capitalismo carrega consigo a renovação, já conhecida
por Marx e Engels “A burguesia só pode existir com a condição de revolucionar
incessantemente os instrumentos de produção, por conseguinte, as relações de
produção e, como isso, todas as relações sociais”. Assim para não perder o
poder, a classe dominante faz concessões sociais, se adapta às novas
contradições e as supera, acompanha a dinâmica e se aperfeiçoa - mas que isso
não seja interpretado como desvalorização das conquistas sociais, pelo contrário,
só ocorrem devido à pressão e luta dos movimentos sociais /populares. Mas qual
é o limite de adaptação do capitalismo? E até quando vamos permitir a
reprodução impensada dos vícios da classe opressora? Temos que nos
conscientizar socialmente para construir uma nação baseada no Amor, e menos nos
Interesses egoístas econômicos e políticos/partidários: “E agora, senhora,
rogo-te, não como te escrevendo um novo mandamento, mas aquele mesmo que desde
o princípio tivemos: que nos amemos uns aos outros. E o amor é este: que
andemos segundo os seus mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o
princípio ouvistes, para que nele andei.”* pois o amor é “benigno; o amor não é
invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta
inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses... mas se regozija
com a verdade...”** e “ aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do
mal”***.
*2 João 1:5-6
** 1 Coríntios 13 *** Friedrich Nietzsche
JESSICA DUQUINI
JESSICA DUQUINI
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