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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Sociedade de escolhas?

No livro "Que é fato social?", de Durkheim, se tem a explicação que nenhuma decisão, sentimento ou comportamento de cada indivíduo é própria dele, e sim 'imposta' pela sociedade indiretamente. Seja pela educação escolar, pelos meios sociais ou até em casa, suas decisões e seu comportamento foram forjados pelo modo de pensar do social. No entanto, pode se notar indivíduos que 'mudaram o mundo'. Gandhi, Martin Luther King, Galileu Galilei, pessoas totalmente fora do seu plano de realidade, cuja a única explicação para existência destas é que nós temos, sim, pensamento individual.
Mas estes homens não seriam, no entanto, um fruto da própria sociedade?
Como exemplo, vemos a mudança durante a Idade Média. Durante ela, a religião era o molde coletivo para o comportamento e modo de pensar. Ainda assim, a civilização se modificou até o ponto contrário extremo, o Iluminismo. De certo modo, pode se interpretar que foram mudanças no pensamento individual que causaram essa transformação no coletivo. Mas, visualizando que a passagem da forma de comportamento entre indivíduos de uma sociedade visa o bem desta, o ideal não seria a variação do modo do pensamento, de uma maneira evolutiva, evitando assim a estagnação da sociedade numa única forma de agir? Isso possibilitaria ao ser humano o aumento das suas área de conhecimento e ação, mantendo-se pontos da civilização ultrapassada e adicionando estes a essa nova era.
No entanto, ainda pode ser dito que essas mudanças se originaram do individualismo. É preciso se ter em mente que a constante pressão social para se manter um único modo de pensamento e comportamento é a própria ignição para a busca pelo contrário. É o instinto humano na busca pelo que é proibido e a própria curiosidade do homem em ação. 
Por exemplo,  recentemente, a Carolina do Norte, estado norte americano, proibiu qualquer tipo de casamento numa relação homoafetiva. O que se espera é o enfraquecimento da causa, uma derrota. No entanto, o que se vê é um maior apoio a tais casamentos, mais do que antes da proibição. É possível ver claramente que um modo de pensar e agir, o conservador, consegue intencionalmente direcionar o liberal, mesmo que pelos seus erros.
Portanto, se conclui que, mesmo as mudanças sendo geradas por pessoas específicas, estas são frutos de sua sociedade. Seu surgimento está ligado a forma de comportamento do social no momento em que ela vive, seja essa ligação a favor de tal comportamento ou contra.

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