Em seu
livro, “As Regras do Método
Sociológico”, Émile Durkheim elabora toda uma teoria sociológica a
respeito dos acontecimentos que norteiam internamente a sociedade, dos fatos
sociais, ou seja, daquilo que tem como substrato o agir do homem. No
desenvolvimento de sua obra, há também dizeres sobre o caráter coercitivo da
sociedade sobre o indivíduo de forma que, por detrás de seus impulsos, existem
imposições coletivas.
Durkheim ainda alega que embora a coerção aconteça, ela não
necessariamente exclui a personalidade individual. Tal afirmação, no entanto deixa
margem para alguns questionamentos, como o seguinte: Até quem ponto, na realidade sugerida pelo
sociólogo, haveria liberdade?
Na atualidade, os modos de comportamento são padronizados. Que roupas usar, aonde passear, quando casar e ter filhos, que empregos possuir, as respostas para tudo isso já estão enraizadas na mente da população e esta faz de tudo para seguir as normas sociais de conduta estabelecidas. Nesse sentido, a existência da liberdade é algo questionável, pois as ações humanas seriam fruto de uma cadeia de influência, de algo já montado. As próprias opiniões do ser humano a respeito de que atitude tomar sobre a vida ou o cotidiano podem ser postas a prova no aspecto da originalidade então.
Nesse sentido, seríamos marionetes? Teríamos fios sociais os quais controlariam nossa movimentação?
As respostas para tais indagações são abstratas, porém a reflexão sobre as mesmas pode ser muito produtiva, pois permite a construção de um senso crítico mais apurado naquele que se dispõe a fazê-la.
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