Durkheim, no desenvolvimento de seu pensamento positivista,
acredita que a explicação dos fatos sociais não está vinculada a necessidades
sociais imediatas, ou seja, ele é derivado de vontades que regem a sociedade há
tempos. Além disso, as instituições, para ele, não teriam surgido do nada, mas
sim dessas necessidades, que se adéquam ao organismo social.
Outro fato interessante desse pensamento relaciona-se a
divisão do trabalho: esta seria um exemplo de um condicionamento interno que
molda as ações sociais. Comparando a sociedade com um corpo, podemos dizer que
cada indivíduo exerceria uma função exata, assim como os órgãos no corpo, para
que funcionasse o organismo social.
A sociedade, porém, não seria a soma das consciências individuais.
Estas não explicariam o caráter absoluto (geral) dos fatos sociais, ou seja, não
seria somando tais aspectos que chegaríamos a explicação do fato social, mas
este se encontraria enraizado em outro fato social, e sua explicação adviria
das ações internas da sociedade.
Por fim, notamos que no pensamento de Durkheim não
existiriam conexões causais que explicassem os fenômenos sociais, senão uma
faculdade virtual que impeliria a história para frente. Além disso, ele critica
a concepção de sociedade de Hobbes (na qual a sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os membros
devem render o suficiente da sua liberdade natural) e Locke (neste a sociedade trata-se de um direito
natural inalienável).
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